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Justiça e Direito
Quinta, 04 de maio de 2017, 09h04

TJMT: 143 anos de tradição e modernização


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A tradição e a modernização caminham juntas no Poder Judiciário mato-grossense. Com 143 anos de criação o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), completados neste 1º de maio, embora seja um órgão tradicional na administração pública imprime uma marca tecnológica aliada aos métodos clássicos que estão em sua essência. A finalidade do avanço relacionado a essa modernização é a baixa nos estoques de processos e redução dos prazos para melhorar a gestão dos serviços judiciais.

O Departamento de Taquigrafia do TJMT mantém a memória da instituição e a tradição milenar de registrar, escrever tão rápido quanto se fala. Atualmente são seis taquígrafas que anotam e transcrevem tudo o que é dito em situações oficiais, durante as sessões, reuniões e solenidades do Poder Judiciário.

 

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O método, que abrevia a escrita, utiliza sinais retirados das letras comuns. Geralmente o taquígrafo transcreve um grande número de palavras num curto espaço de tempo, daí a importância desta função que muitas pessoas julgam já estar com os dias contados em decorrência dos avanços tecnológicos. Mas ao contrário disso, a gerente do Departamento, Claudete Pinheiro da Silva observa que esses profissionais precisam evoluir junto com esses avanços e que a tecnologia veio para somar.

“Todas as vezes que a tecnologia falhar, que a luz acabar, que houver uma reunião sem possibilidade de gravação e que precisar de alguém para registrar algo e que o documento necessitar ser digitado na hora, como uma ata, por exemplo, se recorre ao profissional da taquigrafia”.

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Claudete lembra que as evoluções foram muitas desde que ingressou no Poder Judiciário, há 23 anos, ainda como estagiária do setor que coordena há dez anos. “Os registros de áudio eram feitos com um gravador enorme, depois fita k7 e hoje com cd. Antigamente datilografávamos tudo em três vias com papel carbono. Hoje é tudo digitado”.

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Para o desembargador Sebastião Barbosa Farias, apesar da tecnologia avançada é preciso que o trabalho da taquigrafia seja prestigiado. “A imagem diz tudo, mas tem que ficar consignado em ata todos os gestos, incidentes, tudo o que ocorreu na sessão e só o taquígrafo que faz com que isso fique registrado”.

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No contraponto desse tradicional método que é a taquigrafia estão os painéis eletrônicos implantados nos gabinetes dos desembargadores, desenvolvidos pelas equipes das Coordenadorias Judiciária e de Tecnologia da Informação do TJMT. Implantados em 2015 essa ferramenta auxilia na gestão de processos e dá mais transparência às ações do Judiciário, além de otimizar o trabalho. O painel eletrônico possibilita ainda que magistrados e assessores avaliem com maior precisão o cumprimento das metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O sistema disponibiliza informações como taxa de congestionamento, entrada e saída de processos, apelação, embargos de declaração, tempo médio de apreciação e agravo de instrumento. Atualmente também estão instalados nas Secretarias Criminais e Cíveis.

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O desembargador Juvenal Pereira da Silva está na magistratura há 33 anos e há 13 como desembargador do TJMT. Ele destaca a importância dos painéis eletrônicos e disse que muitos foram os avanços em vários setores no tribunal. Frisou ainda que o maior desenvolvimento do Poder Judiciário de Mato Grosso foi na última década e que a informática tem um papel preponderante nisso tudo.

O magistrado recorda que antigamente havia o conhecimento de quantos processos tinham nas varas ou gabinetes, mas não se sabia, por exemplo, o número de despachos, de saída de processos e quantos eram baixados. “Antes o controle processual de cada gabinete era feito manualmente, era um quadro sinótico e hoje, com a modernização e informatização temos programas que dão o resultado de imediato, inclusive o controle pelo CNJ de todo serviço feito nos gabinetes e secretarias. Mato Grosso tem acompanhado essa evolução graças a alta Administração do nosso Poder Judiciário, que não tem medido esforços para alcançarmos transparência e celeridade visando primeiro o nosso cliente que é o nosso jurisdicionado”. 




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