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Justiça e Direito
Terça, 04 de julho de 2017, 09h31

Audiência Pública debate Zona de Fronteira


Fotos: Otmar de Oliveira
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A Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso (CGJ-MT) realiza uma audiência pública para debater “Zona de Fronteira – Tráfico de Drogas e o Crime Organizado”, dia 4 de agosto, no auditório da Unemat, em Cáceres (225km de Cuiabá). O objetivo é ouvir e debater com a sociedade, poderes constituídos e entidades, políticas públicas e ações preventivas e repressivas de combate a essas práticas criminosas, bem como levantar sugestões para uma atuação mais efetiva dos agentes envolvidos nesse trabalho.

Para planejar a organização do evento, a CGJ-MT já promoveu duas reuniões com os órgãos parceiros da iniciativa e, em breve, divulgará o regimento que disciplina a metodologia e a forma de participação popular. A reunião desta segunda-feira (3 de julho) foi conduzida pela corregedora-geral da Justiça, desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, e contou com a participação de representantes do Poder Judiciário Estadual, Poder Legislativo Federal, Estadual e Municipal de Cáceres, Exército, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Estado de Segurança Púbica (Sesp), Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e Delegacia Especial de Fronteira (Defron).

No encontro, a desembargadora corregedora reforçou que a audiência será realizada conforme as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e que o debate será dividido em eixos como o combate ao mercado de receptação de drogas, políticas públicas de prevenção e repressão, entre outros. Maria Aparecida Ribeiro explicou ainda que a realização do evento está sob coordenação da juíza auxiliar a CGJ-MT Ana Cristina Silva Mendes, do juiz da 2ª Vara Criminal de Cuiabá Geraldo Fernandes Fidelis Neto e da juíza da 1ª Vara Criminal de Cáceres, Helícia Vitti Lourenço.

Os participantes aproveitaram a reunião para relatar o trabalho já executado pelos órgãos. A delegada regional de Cáceres, Cinthia Gomes da Rocha Cupido, titular da Defron, ressaltou a importância da investigação e falou da atuação em parceria com o Gefron para atendimento às ocorrências na região de fronteira. A delegada argumentou que não basta recuperar os carros roubados na fronteira, por exemplo, e sim trabalhar para coibir os grupos criminosos que atuam nos roubos e furtos de veículos e cargas.

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O delegado federal Adair Gregório pontuou que o momento atual é positivo no combate aos crimes na região de fronteira e que a repressão por terra aumentou consideravelmente. Contudo, ponderou que o tráfico está migrando para o ar, defendeu a instalação de uma base aérea e a colocação de radares ao longo da fronteira mato-grossense, e argumentou que somente o investimento na prevenção poderá mudar a cultura do tráfico e ajudar a comunidade local. O policial rodoviário federal Jeferson Conturbia Neves falou sobre a estrutura da PRF, o efetivo de policiais, quantidade de delegacias e observou a necessidade de reativar a base descentralizada aérea.

O major Willyan Becker Demartini, do Gefron, apresentou os principais crimes fronteiriços, o ‘modus operandi’ do tráfico de drogas e a estrutura da instituição. De acordo com ele, a fronteira entre o Brasil e a Bolívia tem extensão de 3.423km, sendo que Cáceres tem 750km de limite seco e 233km de limite alagado. Segundo estimativa, a atuação do Gefron cobre cerca de 30% da fronteira seca e há um grande interesse em ampliar essa área, partindo principalmente para a região da MT-265. “O fato de Cáceres fazer fronteira com a Bolívia intensifica um pouco mais os crimes inerentes à região fronteiriça, como o tráfico de drogas. E essa audiência pública vem em um momento propício e certamente trará muitas melhorias especialmente com relação à intensificação do combate à criminalidade”, argumentou a juíza Helícia Lourenço.

“Sabemos que hoje o tráfico de drogas é o maior câncer da sociedade, que a área de fronteira de Mato Grosso é muito extensa e precisa de reforço em muitos pontos. Assim, vamos promover uma discussão visando o combate à criminalidade e ao tráfico, além da promoção de uma cultura de luta contra o crime organizado. Quando se busca verdadeiramente soluções, precisamos primeiro conhecer do que estamos falando, saber o que é preciso mudar e colher a opinião daqueles que são alvo do trabalho prestado”, enfatizou a juíza auxiliar Ana Cristina Mendes. 




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