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Justiça e Direito
Sábado, 18 de agosto de 2018, 18h11

MPMT investe em tecnologia, a custo zero, para melhorar fluxo de trabalho interno e externo


No momento em que o Brasil enfrenta uma das maiores crises econômicas da sua história, o Ministério Público de Mato Grosso trabalha fortemente no sentido de buscar soluções que possam melhorar o fluxo de trabalho, tanto interno, quanto externo da instituição, gastando o mínimo de recursos possíveis. Dentro deste prisma a palavra de ordem é: fazer mais, com menos.

Para isso, várias medidas vêm sendo tomadas, sempre com o objetivo de buscar a excelência na administração pública. Parte do que o MPMT vem fazendo foi apresentado nesta sexta-feira pelo procurador-geral de Justiça, Mauro Benedito Pouso Curso, aos promotores de Justiça do Estado.

“Estamos passando por uma crise econômica, isso é inegável. Temos enfrentado problemas para contratar pessoas e para fazer investimentos. Porém, são nestes momentos de crise que precisamos fazer mais, com menos. Vemos que é possível aproveitar as oportunidades que nos rodeiam e fazer do limão a limonada, transformar problemas em soluções, é isto que estamos buscando no Ministério Público de Mato Grosso”, afirma.

MP SEM DIVISA: Entre as medidas para otimizar os recursos está a busca por parcerias, com o propósito de trazer para o MPMT projetos e experiências bem-sucedidas de outros Ministérios Públicos do país. Dentro deste cenário de troca de “cases de sucesso” está o projeto MT Sem Divisa, parceria formada entre os MP´s de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul que visa compartilhar com o Estado vizinho projetos que fazem a máquina girar e que otimizam o trabalho da instituição.

“É uma troca de experiências, de conhecimento, onde você pega aquilo que existe e está funcionando lá e traz para cá, e, vice-versa. Precisamos potencializar a aplicação dos recursos públicos, trocando experiências e sistemas que você pode aplicar em outras unidades da federação. Mato Grosso do Sul levou cinco projetos da área-fim que já estão rodando no MPE e de lá nós trouxemos alguns, entre eles está o sistema que otimizará o trabalho do Centro de Apoio Operacional (CAOP)”, explica o procurador-geral.

PERÍCIAS: O sistema permitirá, por exemplo, que o promotor de Justiça tenha uma interação mais eficaz com o CAOP. Ele poderá, por exemplo, acompanhar em tempo real as perícias por ele solicitadas. Hoje, um dos maiores problemas enfrentados pelo CAOP é atender as demandas no menor tempo possível.

Atualmente, encontra-se no CAOP cerca de 700 perícias, sendo que 102 delas estão aguardando que o promotor solicitante envie algum documento que está faltando para a perícia ser feita. Com a implantação do sistema parte deste problema será resolvido, já que, dependendo do tipo de perícia, será preciso anexar os documentos obrigatórios para que o trabalho possa ser feito. Outro ponto importante é que todo pedido de perícia passará antes por uma análise prévia, onde será analisado o que precisa ser priorizado sob o prisma de não se perder os elementos necessários para que a perícia possa ser feita.

“A análise prévia já vai poder direcionar o trabalho e dizer: isso aqui tem que vir na frente porque se não fizer agora não vai mais adiantar fazer daqui a duas semanas. Além disso, teremos a análise técnica do pedido, que será feita por um corpo técnico. Tudo será direcionado para ganharmos tempo. Fizemos alguns testes e alcançamos 50% da redução no tempo de atendimento, percentual já comprovado por Mato Grosso do Sul, de onde trouxemos a experiência”, destaca Mauro Curvo.

Outro ponto importante é que a promotoria de origem não precisará mais enviar os autos para o CAOP, já que tudo será 100% virtual. Isso permite que promotor continue trabalhando no inquérito civil, enquanto a perícia é realizada pelo CAOP em Cuiabá, permitindo que o trabalho de investigação tenha prosseguimento, gerando ganho de tempo e economicidade.

INVESTIGAÇÕES: O MPMT está investindo também na criação do Centro de Apoio Operacional do Conhecimento e Segurança Institucional (CAOP/CSA), que tem o objetivo de aumentar o fator sucesso nas investigações criminais.

“Tudo vai mudar com CSA? Não, as coisas vão mudar gradativamente por conta dos instrumentos que vão ser utilizados por este CAOP na ajuda e apoio das investigações dos promotores. O que o CSA vai fazer? Primeiro, vai promover convênios de acesso e manter atualizados os bancos de dados já conveniados, para fazer o cruzamento de informações. Numa investigação não existe uma receita de bolo, você pode extrair significados importantes de um cruzamento de dados que, aparentemente nada tem a ver, mas que gera um significado importante. Vamos usar este cruzamento de dados objetivando, entre outros pontos importantes, combater a lavagem de dinheiro”, explica o procurador-geral.

O MPMT tem investido também em tecnologia para melhorar o fluxo interno de trabalho. Entre os avanços está a criação de um portal de vida funcional destinada aos membros da instituição. “Tudo agora será automatizado, não vai mais gerar papel e despesas com Correios. Além disso, as solicitações não terão como ser formuladas de modo equivocado, isso porque as regras já são previamente estabelecidas, você só tem como pedir aquilo que é possível de ser concedido. Este portal funcional, que já é utilizado por todos os servidores da instituição, agora será ampliado para promotores e procuradores de Justiça. Foram necessários apenas seis meses para transformar em realidade este projeto. Tudo foi feito a custo zero porque não contratamos nada externo, tudo foi feito com a equipe do MPE, com foco em melhorar o fluxo de trabalho dentro da instituição”, assegura o procurador-geral.
 




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