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Justiça e Direito
Quinta, 23 de maio de 2019, 12h17

Cyber Investigação é tema de curso promovido pelo MPMT



Coleta de evidências no meio cibernético, funcionamento das redes sociais e como ter acesso às informações no decorrer de uma investigação são alguns dos pontos que estão sendo abordados no curso “Análise de Fontes Abertas e Cyber Investigação”, que ocorre nesta quinta-feira (23), no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça. Participam da capacitação membros e servidores do MPMT, delegados e investigadores de Polícia Civil, policiais militares e peritos oficiais criminais.
 

Tema “Análise de Fontes Abertas e Cyber Investigação" reúne autoridades dos setor investigativo

“Faremos uma abordagem da temática cibernética, considerando que as inovações tecnológicas, além de possibilitar várias utilidades, opções de comunicação e de negócios, também são utilizadas por criminosos, que encontraram nesse ambiente um terreno fértil para alcançar mais vítimas e propagar suas ações. Durante o curso vamos demonstrar, por meio de uma abordagem clara e acessível, a arte de coletar evidências no meio cibernético”, explicou o delegado de Polícia Civil do Piauí, Alesandro Gonçalves Barreto, coordenador do Laboratório de Inteligência Cibernética da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública

Conforme o palestrante, o conhecimento de como a internet funciona, como as redes sociais coletam informações, o como dados podem ser requisitados é de fundamental importância para os agentes do sistema de justiça. “Todo profissional terá que conhecer, migrar para a área, sob pena de não alcançar os resultados pretendidos nos próximos anos”, considerou. Ciente dessa necessidade, além de promover a capacitação para o tema, o MPMT investe em ações de inteligência como a criação do Centro de Apoio Operacional do Conhecimento e Segurança da Informação (CAOP/CSI), que visa o processamento e cruzamento de dados úteis para as investigações.

“Esse é um tema atual e de grande relevância porque vivemos mudanças na prática de crimes há algum tempo. O crime organizado também está migrando para o mundo cibernético. Hoje, cada vez mais os fatos e informações estão digitalizados e isso pode contribuir para comprovarmos a materialidade de crimes, especialmente aqueles contra a administração pública, que têm reflexos para toda a sociedade. Para isso, precisamos saber como colher essas referências”, argumentou o procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Borges Pereira.

O chefe do MPMT reforçou ainda a importância de sistema de justiça e de investigação estarem ligados, conectados, e unindo suas forças para esse combate. “Além de criarmos o CAOP/CSI, um laboratório para processar dados digitais, temos outros bons exemplos no Estado de atuação conjunta e com auxílio da tecnologia da informação, como o trabalho realizado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) em parceria com as polícias Civil e Militar, e mais recentemente do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), em conjunto com a Secretaria de Fazenda”, acrescentou.

Para o coordenador do CEAF, promotor de Justiça Wagner Cesar Fachone, a capacitação é uma oportunidade de transmitir conhecimento de modo a potencializar as investigações de uma maneira geral no Estado. “No cenário atual em que mais da metade da população brasileira possui acesso à internet, muitos fazem uso da ferramenta para cometer crimes em ambientes virtuais. Por outro lado, autores de crimes praticados fora do mundo virtual também se utilizam da rede mundial para divulgar informações que caracterizam indícios, vestígios, evidências e até provas dos crimes. Muitas informações estão disponíveis em fontes abertas, com livre acesso, mas precisamos saber o caminho, como buscar, para que nossas investigações sejam mais eficazes”, avaliou.




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