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Justiça e Direito
Quinta, 22 de agosto de 2019, 08h14

Valtenir e Gaspar são alvos novamente de operação da PF em MT


PF desarticula esquema de cobrança de propinas em prefeituras de Confresa/MT e Serra Nova Dourada/MT

 

Gaspar, ex-prefeito, candidato a deputado federal nas eleições de 2018

Mais de 30 policiais participam desde as primeiras horas da manhã de hoje (22) de uma operação da Polícia Federal, com o apoio de servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF), da segunda fase da Operação Tapiraguaia. A ação visa combater um esquema de desvio de recursos públicos federais e pagamento de propinas nas prefeituras de Confresa/MT e Serra Nova Dourada/MT.

Estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, três prisões preventivas e sete medidas cautelares nos municípios mato-grossenses de Cuiabá, São Félix do Araguaia, Serra Nova Dourada, Bom Jesus do Araguaia, Apiacás e também em Brasília/DF.

Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Barra do Garças/MT, que também determinou o sequestro de bens e valores.

Valtenir Pereira

A segunda fase é resultado da análise dos dados bancários e dos objetos apreendidos durante a primeira fase da operação, ocorrida em 30/01/2019. O material colhido aponta que Valtenir Pereira, ex-deputado federal de Mato Grosso (hoje suplente de deputado), no período entre 2014 a 2016, teria montado um esquema criminoso em conluio com empresários e o ex-prefeito de Confresa/MT, Gaspar Lazzar. O ex-contador da prefeitura de Serra Nova Dourada/MT, Marcelo Luiz Faustino Pereira, também é alvo da operação. 

Segundo a PF, cerca de R$ 601 mil teriam sido utilizados para pagamentos de propina.

As investigações mostram que o então deputado teria viabilizado a realização de convênios entre o Ministério da Integração Nacional – Secretaria Nacional da Defesa Civil e as prefeituras, amparando-se na justificativa de construção de pontes de concreto emergenciais, devido às enchentes provocadas pelas chuvas.

Os prefeitos, beneficiados com os recursos federais, realizavam licitações repletas de irregularidades, combinando previamente com os empresários contratados para a execução das obras. Os políticos exigiam propinas a essas pessoas, na medida em que fossem realizados os pagamentos.

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Os valores utilizados nas propinas provinham na maioria das vezes de medições fraudulentas, como atestados de serviços não realizados ou realizados a menor. Os montantes eram repassados aos gestores municipais e ao ex-deputado, por meio de depósitos/transferências em contas de terceiros.

A análise policial também aponta a emissão de cheques, entregas de dinheiro em espécie e até mesmo pagamento de boletos e contas dos gestores públicos (contas de energia, boletos de estabelecimentos comerciais, dívida em hotéis, etc). Os valores repassados ao deputado eram, em regra, depositados em contas bancárias de seus assessores ou de empresas a eles vinculadas, sendo que uma das empresas é fantasma.

Ainda segundo a PF, os assessores e as respectivas empresas recebiam valores avulsos das prefeituras por suposta prestação de serviços de assessoria e consultoria para liberarem as parcelas dos convênios por meio de lobby. As obras da prefeitura de Confresa/MT teriam gerado em torno de R$ 413 mil em propinas aos agentes públicos envolvidos, enquanto as de Serra Nova Dourada/MT o montante de R$ 187 mil.

São alvos da operação o ex-deputado federal, dois assessores, dois prefeitos, uma presidente de comissão de licitação, dois engenheiros fiscais e um assessor jurídico. Os investigados irão responder por organização criminosa, corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos e crimes licitatórios, podendo pegar até 40 anos de prisão.




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