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O Poder Judiciário de Mato Grosso apresentou o projeto Ser +, que prevê a conscientização de homens que respondem por crimes de violência doméstica contra mulheres. O projeto piloto é resultado da parceria da Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Várzea Grande com o Centro Universitário Univag.
De acordo com a juíza responsável, Glenda Moreira Borges, o serviço será disponibilizado para a reflexão de homens autores de agressão tipificados na Lei Maria da Penha (11.340/06). “A rede municipal já realizava essas reuniões, além disso, o juiz Eduardo Calmon também tinha um projeto voltado para os homens agressores. Então resolvemos unir todos os programas e ainda contamos com a parceria do Univag para unificar e organizar”, explicou a magistrada.
A juíza frisou ainda que o projeto deverá ser ampliado e conscientizará homens que não passaram pela vara de violência doméstica. “A princípio essas reuniões serão entre pessoas que cometeram algum tipo de violência contra a mulher, mas a pretensão é que ganhe uma repercussão bacana e seja preventivo. Ainda mais agora que a agressão psicológica foi tipificada como crime”, acrescentou Glenda Moreira.
Por meio de encontros reflexivos, o projeto constitui um espaço de potencial transformação das percepções e comportamentos através do resgate da capacidade do diálogo, que foi substituído por violência e, consequentemente, potencializar a construção de relações saudáveis, pautadas no respeito e na equidade.
A parceria foi firmada por meio do Termo de Cooperação Técnica nº 07/2019 e institui que a equipe técnica do Judiciário promoverá, com o auxilio da Universidade, os encontros semanalmente. Os homens serão encaminhados pela Vara de Violência Doméstica e farão encontros com uma equipe multidisciplinar contando com médicos, advogados, psicólogos, assistentes sociais e acadêmicos dos cursos correlatos do Univag.
“Neste primeiro momento ele se dará as quintas-feiras, a partir das 16 horas. Organizado o grupo reflexivo com dez homens num total de 6 encontros, divididos nas seguintes modalidades de encontro: oficinas reflexivas, roda de conversa e palestras com debates com profissionais especializados em assuntos de interesse do grupo”, pontuou o coordenador do Núcleo de Prática Jurídica do Univag, Afonso Winter Junior.
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