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Educação
Sexta, 29 de junho de 2018, 19h07

Educação inclusiva é tema de audiência pública


Uma audiência pública realizada na Escola Estadual Especial Livre Aprender, no bairro Areão em Cuiabá, debateu na manhã desta sexta-feira (29.06) a educação inclusiva na rede pública de ensino. A reunião contou com a participação expressiva dos pais para discutir a situação dos alunos na fase adulta, novas vagas e, principalmente, sobre o aperfeiçoamento da educação especial.

De acordo com o promotor Miguel Slhessarenko Junior, o momento serviu para debater de forma ampla com toda a sociedade, com associações, entidades e com órgãos representativos da educação e da pessoa com deficiência, as medidas de aperfeiçoamento da educação inclusiva na rede pública estadual.

Segundo a chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), Julieta Domingues, a discussão do tema é oportuna. “Há 13 anos não tínhamos sinalização de política educacional. Ela estava adormecida. Hoje, a política educacional de inclusão se fortalece”, destaca.

Ela acrescenta que, a partir de 2016, houve uma guinada na educação especial, quando os pais se uniram à Seduc e iniciaram um trabalho que hoje é referência.

 

Na audiência, que teve uma apresentação artística dos alunos, os pais destacaram a atual gestão da EE Especial Livre Aprender, com atendimento em tempo integral a mais de 140 estudantes. É o caso de Neidismar Maria dos Santos, que tem uma filha matriculada. “Este ano foi uma benção. Minha filha estuda há 12 anos na escola e, agora, está no caminho rápido”.

Uma das pioneiras é Edilene Maria Batista que tem uma filha de 33 anos, uma das primeiros a frequentar a escola. “Aqui é tudo de bom para nossos filhos. Minha filha tinha cinco anos quando começou a estudar aqui. É a rotina, a vida dela”, frisa, ressaltando que a participação dos pais é decisiva para o bom funcionamento da escola e a progressão dos alunos.

 

Atendimento

Para Marcino de Oliveira, da Coordenação de Educação Especial da Seduc, houve um crescimento de 77% nas matrículas das crianças especiais nas escolas regulares. “Estamos num patamar aceitável, somos referência”, explana.

A rede estadual conta, atualmente, com cinco unidades de educação especial na região metropolitana sendo três em Cuiabá – Livre Aprender, Professora Arlete Migueletti e Raio de Sol, além de duas em Várzea Grande – Célia Rodrigues Duque e Luz do Saber. A Seduc possui ainda 496 salas de recursos multifuncionais, em 358 unidades, e 76 instituições conveniadas. Ao todo, a rede atende 17.886 estudantes, em 121 municípios.

Marcino aponta ainda que os Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica de Mato Grosso (Cefapros) e Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies) são essenciais para a formação dos professores que atuam com alunos especiais.

 




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