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Educação
Sábado, 22 de junho de 2019, 07h48

Esporte adaptado transforma rotina escolar no interior do Amazonas


Rachel Batista, de 31 anos, professora de Educação Física no Instituto Federal do Amazonas (IFAM), tem transformado a vida de um grupo de estudantes por meio do esporte adaptado, no município de Tefé, cidade localizada a 520 quilômetros de Manaus.

Após vivenciar episódios e até ocorrências de bullying envolvendo um de seus alunos com deficiência visual, a professora lançou como desafio aos estudantes a prática de novas modalidades esportivas.

"A gente percebe que o aluno que está sendo motivo dessas brincadeiras fica mal. A princípio eu mostrei todo o esporte paraolímpico, e dentre todos, nós escolhemos o futebol de 5, a bocha, o golbol, atletismo (corrida)”, disse a docente.

Motivada pelo interesse dos alunos em torno das temáticas do esporte adaptado, Rachel foi em busca de conhecimento. Logo, ela descobriu que havia um curso em Manaus, ministrado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, em parceria com o Ministério da Educação, voltado exatamente para docentes interessados em desenvolver atividades esportivas com pessoas com deficiência.

“Tive que sair de barco daqui de Tefé. São dois dias e meio pra poder chegar em Manaus. Foi complicado porque a gente fica na expectativa: será que vou chegar a tempo? Será que vou conseguir me inscrever?”, relatou.

Deu tudo certo e a professora Rachel acredita ter sido uma das experiências mais exitosas em sua trajetória como docente. “Conseguimos rever totalmente a nossa metodologia no sentido de facilitar essa interação. Ajudou na própria reorganização do planejamento de aula e isso foi com certeza um grande aprendizado."

Com o desenvolvimento das atividades, Rachel notou que a dinâmica entres os alunos estava mudando. Principalmente em relação à convivência com o colega com baixa visão.

Depois do primeiro curso feito pela professora, há quatro anos, no terreno do esporte adaptado, o trabalho desenvolvido por ela foi sendo aperfeiçoado. E o que antes tinha o objetivo de acolher apenas um aluno com deficiência visual, acabou ampliado para atender estudantes também com deficiência auditiva e autistas.

Outros professores e alunos, inclusive aqueles sem deficiência, passaram a demonstrar interesse, por exemplo, pela Linguagem Brasileira de Sinais (Libras).

Saiba mais – A história da professora Raquel Batista é o tema da edição desta sexta-feira, 21 de junho, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC. 




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