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Política Nacional
Quarta, 28 de junho de 2017, 18h35

Diretor-geral da OMC diz que globalização do comércio não é causa do desemprego


O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, disse aos deputados da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara que é um erro culpar a globalização do comércio pela perda de empregos.

Segundo ele, o desemprego é estrutural e pode ser sentido com mais força na indústria. Azevêdo afirmou que 69% dos empregos atuais do setor industrial brasileiro tendem a desaparecer com o avanço tecnológico.

Azevêdo fez os comentários em resposta aos questionamentos do deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) sobre os movimentos protecionistas de vários países, entre eles a Inglaterra e os Estados Unidos.

Na opinião de Azevêdo, há uma tendência de culpar o comércio global pelo aumento do desemprego. "Se nós caminharmos por aí, vamos ter um problema seríssimo porque não só haverá um agravamento da desaceleração da economia mundial, mas haverá sobretudo uma não resposta ao problema real.”

Segundo o embaixador, uma solução passa por educação, passa por treinar a força de trabalho, passa por preparar o estudante para o emprego do século 21. “Uma porcentagem enorme de alunos que estão entrando na escola primária hoje vão terminar trabalhando em empregos que não existem hoje."

Roberto Azevêdo conversou com os deputados da comissão direto de Genebra, na Suíça, por um sistema de videoconferência; inaugurado pela Comissão de Relações Exteriores com a audiência. O brasileiro foi recentemente eleito para um segundo mandato à frente da OMC, cargo que exerce desde 2013.

Lento crescimento do comércio

Além do problema do movimento "anti-comércio", Azevêdo afirmou que o mundo ainda vive um lento crescimento econômico como consequência da crise de 2008. Segundo ele, em 2016, o comércio mundial cresceu apenas 1,3%. Para 2017, o crescimento também deve ficar abaixo de 3% pelo sexto ano consecutivo; algo, segundo o diretor-geral da OMC, inédito nos últimos 70 anos.

Como projetos em andamento, Roberto Azevêdo citou a negociação de um acordo entre vários países para a facilitação do comércio de serviços. Um acordo para a facilitação do comércio de mercadorias em geral, do qual o Brasil é signatário, entrou em vigor em fevereiro. Azevêdo acredita que o tratado poderá, quando totalmente implementado, reduzir os custos do comércio no País entre 12 e 14%. 

AgC




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