Cuiabá | MT 28/03/2024
Jorge Maciel
0f29cab5d2871579c1fd22d7310e5984
Quinta, 03 de dezembro de 2020, 19h16

Marketing político: o sucesso da criatividade

“_ Atrás de uma grande derrota há sempre uma estratégia de marketing equivocada”, traduz uma frase do empresário e publicitário soteropolitano Nizan Guanaes, relacionando-se, especificamente, às táticas eleitorais durante campanhas, ao fim dos anos 80.

A ressalva é importante, pois que vem do papa do marketing, fundador do Grupo ABC e da holding que controla agências como a África, uma das dez maiores do planeta, e outras como a DM0 9, Escala, Tribal, Morya, Interbrand, NewStyle, Rocker Heads, Sunset (…), sem se falar das dezenas de prêmios internacionais e de trabalhos para as maiores marcas [Ambev, Heineken, Vivo, VW, Itaú, TIM, Unesco (…)] das três Américas.

Nestas eleições em focando Mato Grosso, as muitas derrotas resultantes do marketing ineficiente se moldam na frase do medalhão mundial do marketing.

Num tempo de inversão de valores, onde o menos vale mais, podemos notar um vencedor no marketing político, só para dar um exemplo: o jornalista e publicitário político Kleber Lima, que está no prólogo da carreira, mas promete vitórias como ‘bolas de neve’ nos próximos tempos. Falo disso, aqui e agora, diante do reconhecimento errático de clientes e do fortalecimento injusto de marqueteiros que estão longe de serem bem-sucedidos, mas permanecem escolhidos, vistos e posando de bam-bam-bam, quando a realidade e resultados mostram o avesso.

Como secretário de comunicação do então prefeito Mauro Mendes (12/15), Lima traçou bem um caminho e terminou fazendo MM deixar o governo com 82% de aprovação. Ufa… E não foi fácil! Como auxiliar de Taques, depois, mostrou a direção, mas assessores próximos do ex-governador o puxaram pelos cotovelos e indicaram outras picadas, dando no que deu.

Nestas eleições, sem falar em outras igualmente bem-sucedidas, o jornalista e marqueteiro venceu três das quatro campanhas – Lucas do Rio Verde, Várzea Grande e Rondonópolis, incluindo a de Nilson Leitão para o senado federal. Com esse último candidato, não venceu, mas multiplicou seu desempenho em relação a 2018.

No marketing, em geral, não há ambiente para amadores, tampouco para os que não possuem conteúdo. O marketing, me disse certa feita o ‘mago’ Mauro Cid, exige percepção, sensibilidade, ‘feeling’ e sutileza. Marketing, em larga extensão, não tem a ver com a teoria de Goebbels, de Lowers, com Maquiavel ou com qualquer ilusão da verdade. O sucesso de um marqueteiro está na sua habilidade de bem vender uma imagem, de absorver, misturar e processar agressões e quadros negativos, transformando-os em elementos e imagens positivos.

O bom marketing não só se alimenta da imagem do marqueteiro, mas na criatividade, no atilamento inteligente. Há muito desses profissionais que se perdem pelo excesso de ataques, se distraem e deixam passar oportunidades e chispas de movimento. A raiva atrapalha o raciocínio. O marketing não sobrevive à uma fama sem talento, da parte do profissional. É uma atividade que exige menos imagem e muito mais substância.

Assim, parabenizo os vencedores das urnas, e, em tempo, colho da oportunidade para brindar o sucesso dos que também disputaram o pleito. Mas o fizeram nos bastidores das imagens e sons.

Jorge Maciel é jornalista em Cuiabá.
MAIS COLUNAS DE: Jorge Maciel

» ver todas

Busca



Enquete

O Governo de MT começou a implantar o BRT entre VG e Cuiabá. Na sua opinião:

Será mais prático que o VLT
Vai resolver o problema do transporte público.
É uma alternativa temporaria.
  Resultado
Facebook Twitter Google+ RSS
Logo_azado

Plantão News.com.br - 2009 Todos os Direitos Reservados.

email:redacao@plantaonews.com.br / Fone: (65) 98431-3114