China altiva

Deixo hoje a Ásia, a China
Deixo aqui o "chinaredo".
Deixo os e as "chinas".
E eles e elas jamais me deixarão.
Nem meu respeito a eles,
A quem juro respeitar mais,
Principalmente os "vendedores de pastel" do meu país.
Como juro tentar respeitar mais a todos os estrangeiros,
Tamanho o respeito que me dedicaram neste país.
E porque se foi difícil pra mim vir aqui,
Coisa que jamais imaginei,
E já fiquei cheio de saudades de casa,
Imagino a dificuldade deles em terem ido ao meu país
Para nunca mais voltarem ao seu.
Levo comigo o respeito do garçom
Preocupado em me atender calmamente na minha ansiedade e em meu nervosismo por não ser compreendido.
Calmos e sorrindo sempre.
Levo comigo os cumprimentos sempre em um baixar de cabeça.
Que respeito.
Levo comigo as chinezinhas sorridentes.
Que nunca viram as costas a ninguém.
Sempre recuam com seus passinhos miúdos para trás.
E baixando as cabecinhas em leves dobros de colunas.
Elas não têm bunda, as chinezinhas.
Ou se têm, não percebe-se.
Elas só têm mesmo é respeito e altivez.
Em sua miudeza, são simplesmente gigantes.
Vi algumas com dentes mal tratados - país que não trata muito bem os seus.
E mesmo assim seus sorrisos eram lindos, com seus tímidos "hihihis".
Pois que se sorri antes com o coração e não com dentes.
Levo da China uma vontade enorme
De voltar. E de levar daqui tudo que aprendi:
Que nada sabia, que tudo é diferente, que sou ignorante.
Que o mundo é muito, muito mais do que se vê até as nossas fronteiras.
A China? É o máximo! Um negócio da China!