Cuiabá | MT 29/03/2024
Margareth Buzetti
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Segunda, 27 de dezembro de 2021, 16h11

O poder do Distrito Industrial

 

O Distrito Industrial de Cuiabá já faz parte do cenário cuiabano. Há mais de quarenta anos está instalado nas margens da BR-364, reunindo uma grande cadeia de empresas que movimentam o setor industrial da capital e ajudam a aquecer a economia de Mato Grosso. Mas quem passa pela rodovia rotineiramente, sejam transeuntes ou motoristas, talvez ainda não tenha ideia da magnitude da importância da localidade.

São aproximadamente 250 empresas dos mais diversos ramos, que geram milhares de empregos para a região, movimentam a economia local e suscitam fluxo de impostos para o estado. Uma importância, que ao que parece, foi por muito tempo colocada de lado. Desde 2016, a área não recebia nem uma obra de infraestrutura sequer. Transitar pela região significava, por exemplo, ter que desviar de buracos a centímetro.

Mas esse cenário já começou a mudar. O Governo do Estado, assinou uma ordem de serviço de mais de R$ 20 milhões para obras de asfaltamento e revitalização, que beneficiará 23 ruas e seis avenidas do bairro, compreendendo uma área total de 461 mil metros quadrados de beneficiamento. Pelo trajeto serão aplicadas soluções como fresagem, demolição do antigo pavimento e, por fim, o recapeamento.

O resultado, será muito mais qualidade de vida para aqueles que precisam passar por ali todos os dias. Foram anos de muita luta para conseguir ter essa demanda atendida. E temos a expectativa de que a partir de agora muito mais seja feito. Até porque o Distrito Industrial foi escolhido para construção do terminal da 1ª Ferrovia Estadual, e com isso, deverá atrair ainda mais cuidados e atenção do Poder Público.

A escolha demonstra claramente a importância que o Distrito representa tanto economicamente, quanto historicamente para a nossa capital. Esse esforço concentrado irá possibilitar o crescimento da industrialização da região metropolitana, ao passo em que ele irá viabilizar a interligação e escoamento da produção. Por todo o mundo, as áreas onde estão instalados distritos industriais são beneficiadas.

E isso não ocorre a bel prazer ou por favorecimento para classe, mas sim pela capacidade de geração de renda que ela traz para toda a sociedade. Com a chegada da ferrovia, a previsão inicial é que sejam criados cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos, em postos ligados diretamente a sua construção como também em outros postos de trabalho.

Atualmente, mesmo sem os trilhos, as empresas que ali estão geram sozinhas cerca de 8 mil empregos diretos, renda e ainda arcam com uma gama expressiva de impostos que são pagos e acabam retornando para toda a população, por meio de investimentos. Implantando em 1978, o Distrito Industrial tem por objetivo principal criar uma estrutura que seja capaz de atrair e instalar empresas no estado.

A época em que ele foi criado remete justamente a um período anterior em que a industrialização na capital sofria uma estagnação e a principal atividade econômica era exportação de matéria prima in natura. Foi somente a partir de 1968, que esse cenário começou a mudar e engrenar para uma época em que Mato Grosso começou a desenvolver seu mercado produtor industrial e emergiu no cenário nacional.

Atualmente, a participação estadual na indústria brasileira é de 16,3%, de acordo com informações do Portal da Indústria. Esse avanço parece ter obedecido a um caminho natural, mas não. Precisou de muito empenho de toda a categoria para reunir esforços e claro, devemos reconhecer o apoio público com ações de estímulo econômico. E muito desse desenvolvimento regional contou com participação do Distrito Industrial.

Hoje, abrigamos nos nossos 700 hectares de território, empresas de armazenamento de cereais; beneficiamento de borracha; indústria de fertilizantes e muito mais. Atualmente, o Distrito Industrial está com 70% do seu espaço em funcionamento e, com a ferrovia, em breve precisaremos expandir a área deste setor industrial. Por isso, ações de melhoria de infraestrutura são tão importantes, talvez tanto quanto os incentivos em tributos.

Somente assim conseguiremos um setor mais forte e que consiga, dessa maneira, ajudar cada vez mais no avanço do nosso estado.

Margareth Buzetti é empresária, presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC) e presidente da ABR

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