Aos poucos elas ganham espaço no mercado. São as mini hortaliças, que se destacam pela delicadeza e sabor encorpado. Produtores de Holambra, em São Paulo, estão satisfeitos com a aceitação do consumidor. Pronto para o consumo, o pepino não ultrapassa cinco centímetros. A alface parece até uma flor. Nas estufas, em plena produção, o tomate maduro lembra um cacho de uvas. São as mini hortaliças, que ganham a cada dia mais espaço no mercado.
Marcelo Fono, produtor de Holambra, começou a investir nas variedades em 2007. Em três anos cresceu 1.000%. “Tudo aquilo que estamos produzindo, estamos conseguindo vender”, contou o agricultor. Para ser considerada uma mini hortaliça existem duas alternativas de p rodução. A primeira é a variedade. No caso do tomate, por exemplo, ele é modificado geneticamente e o fruto não passa de quatro centímetros. Já com o agrião, a estratégia é a colheita precoce.
As folhas vão para o mercado duas semanas antes do tradicional. No caso da colheita antecipada, as hortaliças ganham o apelido de “baby”, que significa bebê. “Elas são colhidas antes da hora, é uma restrição de crescimento. Comparativamente a uma planta tradicional, elas não desenvolvem o ciclo de crescimento até o final”, explicou Luiz Felipe Villani, agrônomo do IAC. No campo, a produção não exige cuidados especiais. Stefan Adrian investiu nas estufas.
“Para garantir que o produto não tenha resíduos de agrotóxicos, a gente pulveriza muito menos porque as estufas são fech adas. Conseguimos garantir também que praticamente não tenha insetos dentro do tomate” disse o agricultor. Para agregar ainda mais valor, antes de sair da fazenda, os produtos passam por um processo de limpeza e embalagem. Com isso, as miniaturas são vendidas 30% mais caras do que as comuns. (Globo Rural)