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Justiça e Direito
Sábado, 04 de dezembro de 2021, 11h29

7ª Conferência FAPESP 60 anos debaterá caminhos para ampliar a segurança do patrimônio cultural no p


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Agência FAPESP – O auditório do Memorial da América Latina, desenhado por Oscar Niemeyer e decorado com uma tapeçaria da artista Tomie Ohtake, foi destruído em 2013 por um incêndio. Em 2015 foi a vez do Museu da Língua Portuguesa e, três anos depois, do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Há cerca de seis meses, quatro toneladas de documentos sobre a história do cinema no Brasil foram devoradas pelo fogo que atingiu um galpão da Cinemateca Brasileira – instituição que sofreu com pelo menos quatro eventos do tipo em sua história recente.

Episódios como esses evidenciam as fragilidades e os desafios associados ao financiamento e à gestão do patrimônio cultural no país – tarefa complexa que requer um diálogo entre esferas governamentais, privadas e a sociedade civil. A pandemia da COVID-19 – e a consequente interrupção de atividades culturais durante meses – trouxe os riscos para o curto prazo.

Debater modelos de gestão e proteção do patrimônio, o seu papel social e possíveis estratégias de ampliação do acesso público será o objetivo da 7ª Conferência FAPESP 60 anos, na próxima quarta-feira (08/12).

“Pensamos em organizar, no âmbito da série de conferências que celebram os 60 anos da FAPESP, um encontro com foco no patrimônio cultural, visto que há um riquíssimo acervo no Estado de São Paulo. Somente a Universidade de São Paulo [USP] conta com quatro grandes museus – o de Arqueologia e Etnologia, o de Arte Contemporânea, o Paulista [popularmente conhecido como Museu do Ipiranga] e o de Zoologia – além de outras unidades menores”, diz à Agência FAPESP a urbanista Renata Vieira da Motta, moderadora do evento.

Motta foi professora da Escola da Cidade e da pós-graduação lato sensu Crítica e Curadoria da Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP). Atuou na área de museus da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, como diretora técnica do Sistema Estadual de Museus (Sisem-SP) e como coordenadora da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico (UPPM). Em 2020 assumiu a diretoria executiva da organização social de cultura IDBrasil, responsável pela gestão do Museu do Futebol e do Museu da Língua Portuguesa. É presidente do Icom Brasil, seção brasileira do Conselho Internacional de Museus.

“Poderíamos abordar esse tema a partir de diferentes perspectivas. Optamos pelo aspecto da gestão porque entendemos ser urgente ampliar a segurança e a proteção desses patrimônios culturais no país”, acrescenta.

Entre os participantes estará Marta Lourenço, física e doutora em museologia e história da tecnologia. Ela é responsável pelo curso “Museus, Coleções e História da Ciência”, oferecido no Programa de Mestrado e Doutoramento em História e Filosofia da Ciência da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em Portugal. Também é presidente do Comitê para Museus Universitários e Coleções do Conselho Internacional de Museus (Icom).

Também participará Carlos Augusto Machado Calil, professor do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), cineasta, ensaísta, editor de livros sobre cinema, fotografia, teatro, história e literatura. Machado dirigiu a Embrafilme, a Cinemateca Brasileira e o Centro Cultural de São Paulo. Foi secretário municipal de Cultura de São Paulo, em gestão marcada pela valorização dos equipamentos públicos.

O terceiro debatedor será Nivaldo Vieira de Andrade Jr., doutor em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), pós-doutor pela École d’Urbanisme de Paris. Foi presidente nacional do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e é membro do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A abertura do evento será feita por Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP. 




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