O que é o decreto de ‘morte cruzada’ dado por Lasso no Equador?

Reprodução / Getty Images Guillermo Lasso derrotou seu adversário nas eleições com diferença de 5% nas urnas nas eleições do Equador

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Guillermo Lasso derrotou seu adversário nas eleições com diferença de 5% nas urnas nas eleições do Equador
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Guillermo Lasso derrotou seu adversário nas eleições com diferença de 5% nas urnas nas eleições do Equador

O presidente do Equador , Guillermo Lasso , decretou nesta quarta-feira (17) a cláusula constitucional ” morte cruzada “, ao qual dissolve a Assembleia Nacional, convocando novas eleições no país. Assim, o decreto faz com que os poderes Legislativo e Executivo sejam renovados.

A medida faz com que o próprio presidente seja destituído, com Lasso governando através de decretos-leis de urgência econômica. A medida segue de tal forma até a ocorrência de novas eleições presidenciais e de legisladores. Elas deverão ocorrer em seis meses.

No anúncio, Lasso disse que decidiu “aplicar o artigo 148 da Constituição da República”, ao qual lhe “confere o poder de dissolver a Assembleia Nacional devido a uma grave crise política e comoção interna, para o que assinei o decreto executivo nº 741”. Ele ainda disse que solicitou “à CNE a convocação imediata de eleições legislativas e presidenciais para os restantes períodos respectivos”.

O presidente fez, como primeira medida, a assinatura do decreto -lei de emergência econômica, com o objetivo de “reduzir impostos, fortalecer a economia de 460 mil famílias equatorianas e que isso significará que cerca de US$ 200 milhões voltem para suas casas. Este decreto-lei será remetido ao Tribunal Constitucional para ser avaliado”.

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A cláusula é conhecida como ” morte cruzada “, ao qual permite que os poderesdemocráticos tenham autonomia para dissolver a gestão, tendo que ser feita nos três primeiros anos do mandato. Lasso havia dito em abril que não pretendia usar a tal decreto por querer manter a estabilidade do país. A medida foi feita após ser aberto um julgamento contra Lasso na Assembleia Nacional, com a prerrogativa de suposta participação em crimes de peculato no “Caso Encuentro”. Ele supostamente teria cometido o crime em pelo menos quatro empresas públicas.

A oposição disse que Lasso não teria reincidido o contrato com a Frota Petroleira do Equador (Flopec) junto ao consórcio Amazonas Tankers. Isso teria acarretado prejuízos aos cofres públicos.

O presidente insiste que é inocente sobre o caso, sendo que tais acusações são para o destituir e desestabilizar o país, e assim, atacar a democracia. “Todos os esforços do legislativo estão voltados para desestabilizar o governo com um julgamento político infundado. Neste momento estão promovendo um suposto crime de peculato por omissão que não existe em nossa legislação, com o qual querem garantir que eu seja politicamente responsável por não ter agido contra um caso de corrupção”, disse Lasso no anúncio.

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“É um contrato de 2018, três anos antes de eu assumir a presidência. Um processo sem provas, contraditório, confuso, ilegal e ilegítimo. É o mecanismo para destruir o presidente”, completou.

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Fonte: Internacional

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