Cuiabá | MT 26/04/2024
Jorge Maciel
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Quinta, 09 de janeiro de 2014, 15h45

Mendes e as empresas de transporte

Já vem de longe o estado de coisas em que a classe operária e estudantil, principalmente, se veem expostas a todo tipo de humilhação e angústia originadas pela insensibilidade, pelo descumprimento de princípios legais da parte de empresas que operam no setor.

A lei 5.766 sancionada pelo prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, estabelecendo critérios para os serviços de transporte coletivo urbano, regulamentando penalidades contra as empresas que cometem irregularidades, operando segundo o seu sabor – aliás, prestam um serviço de qualidade sofrível - , ato associado às respostas negativas às investidas e sucessivas tentativas de elevação do valor da tarifa, seguramente, dão a tonalidade do posicionamento do Executivo municipal no que tange a um dos mais importantes esteios urbanos, o transporte coletivo.

Era preciso um basta! Já vem de longe o estado de coisas em que a classe operária e estudantil, principalmente, se veem expostas a todo tipo de humilhação e angústia originadas pela insensibilidade, pelo descumprimento de princípios legais da parte de empresas que operam no sistema. Descumprimento de horários, panes mecânicas, superlotação, desconforto pelas condições precárias do ônibus, desrespeito às normas do trânsito, mau atendimento pela má formação de motoristas ou cobradores e indiferença às sinalizações de passageiros nos pontos são algumas das infrações e métodos que ocorrem a todo momento. Com a lei sancionada, parece que esses procedimentos irregularidades terão a condição de “dias contados”.

Por essa iniciativa do Executivo e outras já tomadas, parece que hoje a concepção de que empresários do setor financiaram [ou que financiam] campanhas políticas a troco de operar como bem entenderem se dilui e vaza ralo abaixo. Enfim, para bem geral do usuário, pela primeira vez, de forma prática, a administração pública sinaliza fortemente para por os serviços de exploração de transporte coletivo na direção certa, ou na via moral, consoante as obrigações sociais e legais a que estão obrigadas as empresas, que devem se conduzir dentro das regras no contexto de transporte de passageiros.

Nos seus primeiros 365 dias à frente do Executivo, o prefeito Mauro Mendes optou pelas obras não físicas, como quem prefere se ocupar de editar medidas para ter condições para trabalhar com regras definidas e bases construídas daqui para frente.O disciplinamento do setor de transporte coletivo urbano é um comando sensato e correto, pois o sistema operando como quer e precisa o usuário, não como querem as empresas, configura um dos principais fatores que deve ter uma cidade na oferta de garantias sociais e cidadania ao seu povo.

Na avaliação do primeiro ano de Mendes, a criação da empresa de saúde, que deve estancar a sangria provocada pela ineficiência do atendimento, melhoramento urbano, lançamento de parques temáticos, valorização de servidores, melhor ordenamento do trânsito, inclusive com apreensão de veículos estacionados irregularmente, disciplinamento do sistema de transporte coletivo são algumas mostras de que o gerenciamento da cidade merece uma boa nota. Resta esperar pelos efeitos dessas e todas essas medidas nos próximos meses.

Jorge Maciel é jornalista em Cuiabá.
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