Cuiabá | MT 06/05/2024
Wilson Carlos Fuá
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Sexta, 14 de junho de 2013, 12h54

O VLT e a tarifa

Com dois eixos, CPA-Aeroporto e Coxipó-Centro, o modal será implantado no canteiro central das avenidas Historiador Rubens de Mendonça, FEB, XV de Novembro, Tenente-Coronel Duarte (Prainha), Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa. Serão três terminais de integração e 32 estações, que terão uma distância média de 500 a 600 metros entre um ponto e outro.

O VLT percorrerá 22 km entre a capital e Várzea Grande, trajeto em que contará com cinco viadutos, quatro trincheiras e três pontes. A capacidade máxima de passageiros será de 400 pessoas por veículo e o tempo de espera para o embarque será de até quatro minutos.

O governo do estado, para financiar os custos de implantação do sistema VLT, assinou dois contratos, um com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 423 milhões, e outro contrato de R$ 727,9 milhões financiado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) por meio da CEF. O Governo de Mato Grosso ainda consignou o montante de R$ 110 milhões destinados para as desapropriações, totalizando R$ 1.250.900.000,00 de investimento.

O empréstimo para investimento no VLT, deverá ser pago em 30 anos com carência inicial, num cálculo simples sem incluir os juros, é o seguinte: R$ 1.260 Bi divido por 360 meses, daria aproximadamente R$ 3.474.722,22 por mês. Num orçamento de 12 bi, o impacto seria mínimo nas finanças estaduais, com isso o Estado poderia abrir mão da cobrança da outorga pela concessão do sistema de transporte coletivo.

Ficam duas opções: 1ª - O Estado assumindo o Pagamento do Empréstimo de R$ 3.474.722,22 mês, a tarifa poderia ser cobrada até abaixo das que são cobradas hoje através do transportes coletivo, instituindo uma tarifa social valor aproximado de R$ 2,00;

2ª – Ou, a Concessionária vencedora da licitação, assumiria o valor do empréstimo e colocaria a tarifa de mercado, elitizando o transporte do VLT, a massa trabalhadora não teria como pagar o valor de R$ 5,00, o que seria impraticável.

A construção do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Cuiabá, que custará R$ 1,47 bilhão ao governo de Mato Grosso, ainda não é possível dizer se a obra vai beneficiar “realmente quem faz uso e depende do transporte público, como os trabalhadores e estudantes.”

Entre os quatros deputados que foram eleitos por Cuiabá e Várzea Grande, poderiam sair na frente e propor junto ao governador do estado criar um projeto de lei, colocando em definitivo o pagamento desse empréstimo de aproximadamente R$ 3,4 mi, através do FETHAB, que representaria o valor anual de aproximadamente R$ 48 mi, num orçamento de R$ 600.000.000,00.

Antes que algum deputado, dito do interior, venha dizer que o recurso do FETHAB, não pode ser aplicado em Cuiabá/ Várzea Grande, é importante esclarecê-los que entre os itens que compõe a receita do FETHAB – consta Óleo Diesel, e ainda informá-los que Cuiabá/ Várzea Grande, são os maiores consumidores desse produto, e que é a 2ª maior receita do Fundo.

Voltando a falar sobre a tarifa do VLT, é importante destacar que o governo federal, ampara a população carente com todo tipos de Bolsas, e o governo Silval, poderia entrar para a história, entregando para a população trabalhadora e os estudantes, que são as categorias que usam o transporte coletivo, um sistema de transporte moderno e confortável, e com uma tarifa considerada social, com um preço abaixo de R$ 2,00, basta que o estado assuma o valor do empréstimo, a empresa vencedora ficaria apenas como os custos operacionais e de manutenção. A empresa ficaria com o lucro financeiro e os usuários do transporte público de Cuiabá/VG ficariam com o lucro social.

Economista, especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas. Fale com o Autor: wilsonfua@gmail.com
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