Cuiabá | MT 27/04/2024
Manoela Regina Alves Corrêa Barros
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Quinta, 15 de dezembro de 2022, 05h49

Da Série Oncologia: sobre o câncer de pele

Chegamos ao mês mais laranja do ano, o mês para lembrarmos do câncer de pele! Neoplasia essa muito comum no país tropical, imagina na cidade do sol, Cuiabá! A incidência do câncer de pele, até dezembro de 2022 segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é de aproximadamente 185 mil novos casos.

Então o que precisamos saber sobre o câncer de pele? Primeiramente, não é um câncer “bonzinho” como alguns dizem. Assim como os demais cânceres, o diagnóstico precoce é essencial para a cura.

Os subtipos mais comuns são o Carcinoma Basocelular e o Carcinoma Espinocelular (CEC). O tipo Basocelular (CBC) se origina da camada basal, tem um crescimento lento e menos invasivo. Já o CEC surge dos queratinócitos, é mais agressivo e infiltrativo.

O câncer de pele é uma neoplasia com fatores de risco bem estabelecidos, como radiação ultravioleta (UV), pele clara (não sendo incomum nos negros) e até mesmo cicatrizes. Os locais mais comuns de aparecimento são áreas previamente expostas ao sol como face, membros, nariz e orelhas.

Quando suspeitar da pinta? Quando ela for irregular, cheia de vasinhos, elevada e de cores diferentes, podem ser escuras e até mesmo mais claras que a pele ao redor. Também podem se apresentar como úlceras ou aquela “feridinha” que nunca cicatriza.

Outro subtipo encontrado, igualmente perigoso, é o melanoma. Ele surge dos melanócitos, a histologia é bem agressiva e possui uma alta chance de disseminação, ou seja, das temíveis metástases. Essas podem ou não ter relação com a exposição UV, geralmente são lesões escuras, elevadas ou planas e podem aparecer em locais inesperados como na sola do pé, nas unhas e calcâneo!

Independente do subtipo, precisamos da biópsia para o diagnóstico e, após, a cirurgia, vem o principal, o tratamento. Outra modalidade de terapia é a radioterapia, que pode ser realizada em casos específicos, como: uma lesão irressecável, impossibilidade cirúrgica ou de modo adjuvante (após a cirurgia).

Podemos utilizar a radiação com elétrons, que promovem um tratamento mais superficial, ocasionando menos efeitos colaterais, ou fótons, modalidade mais invasiva bem indicada em lesões mais profundas. A melhor abordagem será definida pelo radioterapeuta.

Então, nesse mês ensolarado, não vamos deixar de lado o cuidado com a pele. Hidratação e protetor solar fazem parte dos cuidados diários, além de roupas e acessórios com proteção contra os raios UV. Na presença de qualquer mancha irregular, com crescimento rápido e cores “estranhas”, procure avaliação médica.

Manoela Regina Alves Corrêa Barros - Radio-Oncologista e atua no Hospital de Câncer de Mato Grosso, Santa Casa de Cuiabá e Tez Estética Avançada

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