Maia Roque fala sobre o esgoto em Cuiabá

“Nós temos 38% de coleta do esgoto produzido, em Cuiabá. Essa conta é feita a partir de todas as economias da cidade, que geram um determinado volume. Desses 38% coletados, nós tratamos 28%, informou o diretor técnico da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), Jacírio Maia Roque, na ultima quinta-feira (05-05), em entrevista à TV Centro América – Canal 4, em Cuiabá.

“A Sanecap confia na regularização do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), através do qual deveremos ter um acréscimo em torno de 50 mil ligações de esgoto em Cuiabá. Isso nos leva a um índice de coleta e tratamento do esgoto em torno de 75%, melhorando sensivelmente a qualidade do rio Cuiabá e do meio ambiente, destacou Maia Roque.

Ele informou que os resíduos saem do vaso sanitário das residências, vão para uma caixa de inspeção dentro do próprio imóvel, que serve para o cliente fazer a manutenção necessária. Essa caixa de inspeção é ligada à rede coletora de esgoto, ou seja, na rede coletora que passa na rua. De lá, dependendo da situação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), isso pode ir por gravidade para a estação. No caso de Cuiabá isso é mais difícil, pois a cidade tem características de planície. A maior parte do esgoto vai para uma elevatória onde é bombeada, para ganhar altura e, depois seguir para a estação de tratamento. Lá ele é tratado e devolvido ao rio de uma forma aceitável dentro dos padrões exigidos por lei em termos de matéria orgânica, salientou ele.

“Dessa forma, podemos dizer que no restante da cidade nós usamos fossas sépticas. Conseqüentemente, os resíduos caem nas galerias de águas pluviais que seguem para os córregos. Isso é um risco gravíssimo à saúde pública. Por isso nós nos preocupamos em retornar as obras do PAC, que vão alavancar a questão do tratamento de esgoto na capital”, asseverou Maia Roque.

Argüido sobre a situação da rede de esgotamento sanitário do bairro Jardim Imperial II, em Cuiabá, ele informou que para solucionar a demanda do bairro, que está localizado na sub bacia do PAC é necessário o retorno das obras constantes no programa. “O governo do estado, em conjunto com as prefeituras, está articulando o retorno das obras do PAC para Cuiabá e Várzea Grande, que prevê a instituição de um comitê gestor para encaminhar a execução dos projetos. Se chegarmos a dezembro sem ter dado início às obras, perdemos os recursos”, informou Maia Roque.

“No entanto, é bom declarar que a Lagoa Encantada, na capital, é um exemplo de estação de tratamento de esgoto do Brasil. Ainda falta implantar o projeto de colocar peixes na lagoa para provar que o habitat está adequado”, concluiu ele.