Secopa barra engenheiros, denuncia Crea em MT

"A Secopa tem interesse no apoio institucional do Crea Mato Grosso e não técnico, pois não aceita interferências ou mesmo contribuições técnicas", enfatiza Bassan

Tarciso Bassan. "situação constrangedora" (Foto: Aline Marques/Olhar Direto)

Uma equipe técnica do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) foi barrada de participar da visita técnica realizada ontem pela Comissão de Acompanhamento das Obras da Copa 2014 da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A denúncia é próprio CREA, que emitiu nota lamentando o fato, considerado pelo órgão como "constrangedor". No início do ano, o  presidente do CREA, engenheiro Tarciso Bassan, também reclamava de restrições a informações sobre as obras da Copa. Ele chegou a dizer que sequer havia sido participado da demolição do Estádio Verdão, onde está sendo construída a Arena Pantanal. 

De acordo com os engenheiros Arquimedes Pereira Lima Neto, Jesse Rodrigues de Barros e Albeci Davi dos Reis eles compareceram a AL-MT às 14h, conforme solicitado no ofício de número 21/2011 assinado pelo deputado Sérgio Ricardo, a fim de representarem o Crea-MT e contribuir tecnicamente com a fiscalização. "Disponibilizamos engenheiros em três modalidades: civil, sanitarista e de segurança do trabalho", declara o presidente do Regional, Tarciso Bassan.

Para o presidente, foi um "fato lamentável, pois nas reuniões da comissão de acompanhamento da obras na Secopa sempre é mencionada a necessidade da participação do corpo técnico do Crea para fiscalização e quando existiu a oportunidade fomos barrados. A Secopa tem interesse no apoio institucional do Crea Mato Grosso e não técnico, pois não aceita interferências ou mesmo contribuições técnicas", enfatiza Bassan.

Para Arquimedes e os outros engenheiros convidados a participarem da ação, a situação foi constrangedora. "Foi constrangedor como profissional e como cidadão. Primeiro porque o conselho profissional que é da área não possui as informações necessárias e é impedido de contribuir. Sem falar que seríamos os únicos com qualificação técnica para apontar sugestões consistentes às obras e, segundo como cidadão, pois me preocupa muito a forma como essas obras estão sendo conduzidas, sem transparência alguma", afirma Archimedes.