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Terça, 21 de janeiro de 2014, 13h17

Sem receber há 4 meses, professores do Univag entram em greve


 Cumprindo a proposta de greve já aprovada há vários dias, os professores do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag) deram início ao movimento paredista nesta segunda-feira (20). O primeiro ato foi realizado às 8h na frente da instituição quando um grupo de professores usou carro de som e faixas para explicar sobre os motivos da paralisação. Dessa forma, não ocorreram as reuniões pedagógicas necessárias para dar início ao planejamento das aulas. O ano letivo na instituição está previsto para iniciar no dia 3 de fevereiro e por isso, os alunos ainda em férias, não estão sendo prejudicados.

O grupo recebeu apoio de alguns alunos que também se solidarizaram com a causa dos professores que estão sem receber salários desde outubro de 2013. Os trabalhadores também não receberam 13º e nem férias e como a universidade não soloucionou o problema, a medida encontrada foi a greve, aprovada durante encontro do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso (Sintrae/MT). O caso já está judicializado, com 2 decisões favoráveis aos servidores. Em dezembro do ano passado, o juiz Wanderley Piano da Silva, da 1ª Vara do Trabalho de Várzea Grande, entendeu a gravidade da situação descrita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e determinou que o Univag pagasse os salários atrasados.

Na última quinta-feira (16) a juíza Graziele Cabral Braga de Lima, acatou parcialmente o pedido de liminar formulado Sintrae e determinou o bloqueio das contas do Univag com intuito de garantir que os recursos de taxas de matrículas e mensalidades sejam retidos para serem usados no pagamento dos salários atrasados. Mas o fato é que na prática, tais medidas ainda não surtiram efeito e os professores que continuam sem receber prometem levar a greve adiante até a instituição colocar os salários em dia.

Conforme o advogado do sindicato,Jeonathan Suel Dias, depois do ato público, o vice-reitor da instituição, Flávio Henrique dos Santos Foguel recebeu uma comissão de professores para conversar. “Mas só falaram o que todos já sabem, que as contas foram bloqueadas”, diz o advogado.

Publicamente e nem internamente, o Univag nunca se manifestou sobre o motivo que resultou na crise financeira, tanto que nem os alunos têm conhecimento do problema e estão sabendo por meio dos professores sobre os constantes atrasos salariais. Mas ao Ministério Público do Trabalho, a reitoria alegou que não estão recebendo o dinheiro do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e por isso não tem conseguido honrar com os salários.

O advogado do Sintrae questiona esses argumentos. “Isso significa que eles devem impostos federais e por isso não conseguem a certidão negativa de débito, o que impede o repasse da verba. Mas o juiz que concedeu a liminar obrigando efetuarem os pagamentos [Wanderley Piano da Silva] disse que isso não justifica os atrasos dos salários. O valor repassado pelo Fies equivale a 50% dos recursos que entram e sendo assim, restam outros 50% para custear os débitos trabalhistas”, sustenta Jeonathan Dias.

Outro lado: A secretária da vice-reitoria disse que o reitor Dráuzio Antônio Medeiros está viajando e que o vice-reitor Flávio Henrique dos Santos Foguel, que recebeu a comissão de professores na manhã desta segunda-feira, estava em reunião externa. Garantiu que repassaria o contato da reportagem para ele retornar a ligação. O Univag é mantido pelo Instituto Educacional Mato-grossense (Iemat) que por sua vez, na condição de mantenedor do Centro Universitário e responsável pela parte financeira, também nunca comentou os motivos da crise e nem as possíveis ações a serem tomadas para solucionar o problema.

(Gazeta Digital)




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