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Economia
Segunda, 19 de maio de 2014, 10h51

Fiemt se reúne com japoneses para apresentar demandas e oportunidades na indústria mato-grossense


Uma delegação japonesa, composta por 20 pessoas entre empresários e membros da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil, se reuniu com a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) para conhecer as potencialidades econômicas do Estado. O encontro da delegação com a Fiemt ocorreu a convite do vice-governador de Mato Grosso, Chico Daltro, e foi realizado no Palácio do Governo, em Cuiabá, contando também com a participação do governador, Silval Barbosa.


Entre os atrativos para os japoneses investirem no Estado, foram apresentados os incentivos tributários federais, estaduais da Amazônia Legal. "Também estamos bem no meio da América do Sul, em uma planície onde é muito fácil produzir e tem grandes áreas disponíveis para investimentos. Temos um comércio exterior desenvolvido, exportamos mais de 25% da nossa produção. Por tudo isso, acreditamos que Mato Grosso é um importante Estado para se investir. E o Japão tem na Fiemt uma importante parceira para apoiar potenciais investimentos no Estado", disse o presidente do Sistema Fiemt, Jandir Milan.

O vice-presidente do Sistema Fiemt, Gustavo de Oliveira, apresentou o panorama industrial de Mato Grosso, composto por 10 mil indústrias no Estado, responsável por 20% da economia e 20% da mão de obra empregada. De acordo com ele, nos últimos 12 anos, o setor cresceu mais que a média de Mato Grosso. Um dos exemplos é a demanda de energia, que neste período subiu 113% no Estado, enquanto a energia industrial cresceu 170%.

"A economia no Estado cresceu, no período, 380% e a economia da indústria do Estado cresceu 437%. Os postos de trabalho aumentaram 136% e o crescimento de tributos federais arrecadados, que está diretamente ligado ao número de negócios realizados, cresceu 1158% em 13 anos", destacou Oliveira.
Segundo os dados de exportação e importação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex) e do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), a corrente de comércio do Japão (soma entre importações e exportações) é de 40% do PIB do país. "O Japão tem uma economia ativa internacionalmente e Mato Grosso exporta muito. Aí está a maior oportunidade imediata de negócios", disse o vice-presidente da Fiemt.

Conforme a Apex/MDIC, o comércio entre Mato Grosso e o Japão tem crescido. Em 2010 o Japão era o 13º país na lista de maiores compradores dos mato-grossenses, em 2012 foi o 4º e em 2013 foi o 3º. "As exportações mato-grossenses crescem muito ano a ano, exportamos cerca de 6% de tudo o que o Brasil exporta. Olhando a pauta de importação do Japão percebemos que cinco, dos 10 primeiros itens, o Mato Grosso pode oferecer. As maiores oportunidades são minérios, carnes, milho, grãos e madeiras", avaliou Oliveira.

De acordo com ele, o MDIC fez um levantamento onde consta que o Japão é o país com maior crescimento dos últimos cinco anos no comércio entre países, com crescimento de 111%. "Falando da pauta, o Japão é o destino de 28% da exportação de milho para a Ásia. E é o país com maior oportunidade de crescimento da exportação de milho, segundo o Ministério. Os Estados Unidos fornecem 90% do milho importado pelo Japão e nós apenas 6%. Podemos ampliar a exportação de milho para eles".

A principal demanda do Estado apresentada para a delegação japonesa é por investimentos em infraestrutura, principalmente para viabilizar os outros segmentos, como o grande potencial mineral que tem o Estado. Segundo o superintendente de Indústria da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Sérgio Romani, foi feito um mapeamento das potencialidades minerais do Estado para subsidiar as futuras explorações. Segundo ele, Mato Grosso é rico em ferro, cobre, chumbo, minério de granito, minério de ferro, níquel, manganês e fosfato.

Para elevar a quantidade de produto exportado com maior valor agregado, o vice-presidente ressaltou a importância da industrialização. "Apoiamos fortemente o processo de industrialização do Estado e queremos ter o Japão como parceiro, não só em investimentos financeiros, mas também em transferência de tecnologia. Isso é muito importante para o Estado que está se desenvolvendo", ressaltou Oliveira.

O secretário-geral da Câmara Japonesa, Fujiyoshi Hirata, disse que o Japão tem muito interesse em transferir tecnologia para o Brasil, mas a legislação dificulta essa transferência. "Nós, japoneses, temos muita tecnologia e queremos oferecer para vocês. Porém, existe uma resistência na legislação brasileira que cria uma grande barreira. Gostaria de pedir ao governador que intercedesse junto ao Governo Federal para mudar isso e ajudar a mudar o país".

Para o governador, Silval Barbosa, Mato Grosso é um dos estados que mais está crescendo no país. "Para continuar crescendo temos que resolver a questão de logística. Nós já temos uma relação com o Japão. Eles são grandes compradores de commodities aqui em Mato Grosso. Este é um estado de oportunidade porque temos muita expectativa a tudo que ainda não exploramos. Temos tudo para fazer ainda mais", disse. 




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