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Economia
Quarta, 28 de outubro de 2015, 08h47

Missão parlamentar do Irã quer mais alimentos do Brasil


Integrantes da Comissão de Agricultura da Assembleia Consultiva Islâmica do Irã estiveram nessa terça-feira (27) com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, e solicitaram cooperação brasileira para atender à crescente demanda por alimentos naquele país. Os deputados iranianos também mostraram interesse em firmar parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para intercâmbio de profissionais e pesquisa em vacinas e produtos transgênicos.

O presidente da comissão, deputado Abas Rajaei, disse que a República Islâmica do Irã prevê que em 20 anos sua população passará dos 80 milhões atuais para 150 milhões, e o crescimento será acompanhado por aumento da produção própria e da importação de alimentos. A reunião com a ministra da Agricultura foi acompanhada pelo embaixador do Irã no Brasil, Mohammad Ali Ghanezadeh, e pelo deputado federal Wadson Ribeiro (PCdoB-MG).

De acordo com Rajaei, os iranianos consomem diariamente, em média, 29 gramas de proteína, e o governo pretende dobrar esse consumo em 15 anos, o que poderá significar grandes oportunidades de negócios para o Brasil, que é o principal fornecedor de carne bovina para o Irã.

Números da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) mostram que o Irão foi o oitavo entre os maiores compradores de carne bovina brasileira, em setembro, no total de US$ 24,7 milhões. No acumulado do ano sobe para sexto no ranking, com importações equivalentes a US$ 287,7 milhões.

Segundo Rajaei, Brasil e Irã têm tido boa colaboração nos últimos anos, e “desejamos que se desenvolva ainda mais”. Ele ressaltou que apesar de países mais próximos ao Irã, geograficamente, como Cazaquistão, Ucrânia e Austrália, que podem oferecer os produtos agrícolas necessários, “queremos continuar nosso bom relacionamento comercial com o país amigo que é o Brasil”.

A ministra disse que o Brasil está pronto para ampliar as exportações de carne bovina. “Temos todas as condições de ajudar a cumprir essa importante meta de aumentar o consumo de proteína no país”, destacou ela, e acrescentou que o Brasil prioriza o cuidado com normas sanitárias e fitossanitárias, a fim de transmitir confiança aos consumidores internos e externos. Kátia Abreu disse ainda que os produtores brasileiros têm amplas condições de cumprir as exigências do abate halal (forma como os animais devem ser abatidos para consumo dos muçulmanos).

Quanto à intenção de parceria com a Embrapa, a ministra também manifestou apoio. “Em 40 anos fizemos uma verdadeira revolução verde. Segundo ela, o Brasil passou de importador de alimentos para a maior agricultura tropical do planeta. Para Kátia Abreu, a Embrapa é parte importante dessa mudança, pois gerou muito conhecimento. “Hoje temos muito orgulho em dividir nossa experiência e conhecimento. Contem conosco”, disse.

A missão iraniana faz parte da estratégia de aumento do comércio bilateral, atualmente favorável ao Brasil, que no ano passado exportou US$ 1,4 bilhão para o Irã e importou apenas US$ 5 milhões em produtos daquele país. O Brasil vendeu principalmente milho em grão (60,9%), carne bovina (19%), farelo de soja (7,1%) e açúcar (6,7%), enquanto as compras maiores foram de uvas (31,6%), polímeros plásticos (29%) e objetos de vidro para uso doméstico (7,6%). 

ABr




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