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Economia
Terça, 24 de maio de 2011, 06h41
Caminhos

Secretário da Casa Civil destaca importância da hidrovia e o integresso da America do Sul


Considerado importante mecanismo de intercâmbio comercial, fluvial, a Hidrovia Paraguai-Paraná atravessa cinco países: Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. O secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, disse que como parte de integração da América do Sul, a hidrovia é de grande importância para os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul), uma vez que resulta numa diminuição do custo de transporte de cargas, aumentando naturalmente o intercâmbio de produtos entre os países.

Segundo o secretário, essa integração da América do Sul possibilita ainda implantar atividades econômicas legais com o uso dos rios Paraguai e Paraná, combatendo o tráfico internacional de drogas e a biopirataria que vêm ocorrendo nos rios. José Lacerda participou na última semana de um workshop da Hidrovia Paraguai-Paraná, na Câmara dos Deputados, em Brasília, em que foi debatido a importância da hidrovia para o crescimento econômico do Brasil e da América do Sul.

O encontro no qual o secretário participou foi realizado pela Federação das Indústrias no Estado do Mato Grosso (FIEMT) e contou com a presença de representantes dos setores agrícola e industrial, além de integrantes dos governos estadual e federal. “O projeto de continuidade da navegação no rio Paraguai não é um projeto anunciado pelos organismos internacionais e por algumas ONGs, que afirmam que para navegar serão feitas grandes intervenções da engenharia no rio, pelo contrário esse modelo de navegação não causou impacto ambiental até hoje, por isso, deve ser considerado como resultado científico incontestável pelo fator tempo”, explicou Lacerda.

José Lacerda já atuou como presidente do Conselho de Usuários da Hidrovia Paraguai Paraná (1982) e defendeu um projeto inteligente adequando o barco ao rio e não o rio ao barco, como é a navegação nos rios Paraguai e Paraná desde o ano de 1524. Lacerda lembrou ainda que os governos e ecologistas do chamado “Primeiro Mundo” aprovaram e construíram uma hidrovia no rio Reno. “Essa hidrovia foi concebida com uma tese contrária a nossa, pois, eles adequaram o rio ao grande barco e não o barco ao rio. No primeiro mundo pode. É a chamada guerra de macro economia”, observou.

Para o secretário da Casa Civil, os rios Paraguai e Paraná só têm a ganhar com o seu uso como hidrovia, com os equipamentos hoje existentes e comboios apropriados nenhum impacto causarão. “O uso constante fará com que o seus leitos fiquem limpo. As dragagens feitas servem para tirar o lixo que entrou nos rios e para limpar o seu canal”, declarou.

De acordo com José Lacerda, a continuidade da histórica navegação do rio Paraguai- Paraná oferecerá às comunidades ribeirinhas opção de contato e com mais recursos de assistência, tirando-os do isolamento em que atualmente vivem, mantendo a tradição e a cultura. Calcula-se que com a implantação da Estação de Transbordo de Cargas - ETC de Santo Antônio das Lendas, na cidade de Cáceres – MT, representará um projeto regional para diminuir a pobreza. “É importante a integração do modal de transporte com a construção do trecho da BR 174 até a estação de Santo Antônio das Lendas”, pontuou o secretário.

HISTÓRIA

Os brancos, espanhóis – pelo Tratado de Tordesilhas, o Pantanal pertencia a Espanha – chegaram por volta de 1524 subindo o Rio Paraguai.

Em 1526, o navegador italiano Sebastião Caboto, aventurou-se pelo Rio da Prata, explorando o Paraguai e o norte da Argentina.

Em 1536, Juan de Ayolas e Domingos Martínez de Irala, percorreram o Rio Paraguai em busca do caminho até o Peru.

Em 15 de agosto de 1537, os católicos comemoram a ascensão de Maria, começaram a construir o forte de Assunção em um local do rio que era um bom ancoradouro.

Em 1750, surgiram algumas vilas como: Corumbá, São Pedro del Rei (Poconé), Vila Maria do Paraguai (Cáceres) e Miranda.

O Fote Coimbra foi uma fortaleza militar construída em 1775, nas proximidades de Corumbá. Visando o abastecimento dessas vilas foram instalados engenhos de cana, lavoura e pecuária, aumentando a ocupação do território. As grandes fazendas foram surgindo dando lugar a pecuária extensiva. De 1864 a 1870.

Em 1852, a Argentina reconheceu a independência do Paraguai. Havia pontos de atrito com os dois países sobre a liberdade (ou não) de navegação no sistema hidroviário Paraguai-Paraná.

O tratado da Bacia do Prata é de 1969. A eco-via do rio Paraguai-Paraná é um dos mais extensos e importantes eixos continentais de integração política, social e econômica. Ela corta metade da América do Sul, vai desde a cidade de Cáceres, no estado de Mato Grosso, até Nueva Palmira, no Uruguai. São 3.442 km, e servem a cinco países: Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.




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