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Economia
Quarta, 04 de dezembro de 2013, 07h23

Mato Grosso é o terceiro maior produtor de peixe


 

Produtores dizem que o mercado está em expansão, mas faltam informações e financiamentos específicos para o setor

 

CUIABÁ /MT - Os criadouros de peixe de Mato Grosso são responsáveis pela produção de 48 mil toneladas por ano. A quantia deixa o estado na terceira posição do ranking nacional, atrás apenas de Santa Catarina (75 mil toneladas) e Paraná (55 mil toneladas). A estatística faz parte do relatório do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).

De acordo com os dados, o país produz 470 mil toneladas de pescado por ano, sendo a maioria de peixes redondos, como o tambacu, tambaqui e tabatinga. Conforme o diretor-técnico da Associação de Aquicultores de Mato Grosso (Aquamat), Francisco das Chagas Medeiros, o mercado está em expansão tanto para os produtores como para os frigoríficos.

Durante a Feira Nacional de Peixe Nativo, Medeiros explicou que a atividade tem cerca de 1 mil produtores cadastrados e mais da metade são de pequeno porte. Eles colhem os frutos do crescimento do mercado ao mesmo tempo em que enfrentam problemas como a falta de informação sobre questões legais e a ausência de financiamentos para o setor.

Medeiros relata que o Novo Código Florestal trouxe benefícios para os pequenos produtores, porém, a falta de informação sobre a aplicação das normas traz insegurança aos empresários.

Outra questão apontada como obstáculo está ligada ao financeiro. O diretor-técnico da Aquamat diz que apenas o Banco do Brasil tem uma linha para este tipo de cultura e quando o cliente procura a instituição, não consegue acesso ao dinheiro porque a aquicultura é tida como atividade de alto risco.

Este ano, os representantes da Aquamat foram até a gerência do BB e começaram a discutir com os diretores do banco uma solução. “Estamos só na conversa, ainda não tem nada de concreto”, avalia.

Ricardo Santiago, da Unidade de Agronegócio do Sebrae em Mato Grosso, disse que muitas coisas estão acontecendo no setor e tudo está sendo acompanhado pelo Sebrae, que tem um trabalho específico para a cadeia do peixe.

Ele cita como exemplo a criação do Parque Aquífero de Manso. Atualmente, 60 pequenos produtores conseguiram a concessão de uso de 1,1 mil metros quadrados/cada. Quando o espaço começar a produzir, a estimativa é que mais 2.100 toneladas cheguem ao mercado por ano.

Também está crescendo os frigoríficos. Já existem cinco em funcionamento e outros três estão em construção.

Santiago afirma que 300 empresários de pequeno porte estão sendo acompanhados pelo Sebrae. Eles recebem consultorias técnicas e cursos para melhorar a produção.

A diretora do Sebrae em Mato Grosso, Leide Garcia Katayama, afirma que a entidade atua no setor de Agronegócio, mas tem como prioridades as cadeias do leite e do peixe.

De acordo com Leide, os trabalhos com a piscicultura se concentram na Baixada Cuiabana e no Portal da Amazônia, que fica nas regiões de Sinop e Alta Floresta.

Evento -

Uma das atividades oferecidas pelo Sebrae aos produtores é a Feira Nacional do Peixe Nativo. O evento começou ontem e segue até o amanhã.

Serão oferecidas palestras técnicas e os participantes podem visitar o estande de empresas de rações, tanques e beneficiamento de peixe.

O evento é realizado no Centro de Eventos do Pantanal. As atividades começam às 8h e acabam às 18h.

O presidente da Aquamat, Jules Inácio Bortoli, disse que a feira é importante porque leva conhecimento tecnológico e práticas modernas aos produtores de todo o país. Ele acredita que o evento será incluído no calendário da piscicultura nacional devido ao grande interesse da categoria. 




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