Câmara de Cuiabá reenquadra e realinha tabelas salariais dos servidores de nível fundamental

Nenhum servidor da Câmara de Cuiabá terá salário inferior a R$ 1,1 mil. É o que assegura o projeto de lei que deve ser votado na sessão ordinária desta quinta-feira (20/09), a partir das 8hs, com o reenquadramento dos servidores efetivos de nível fundamental e, por consequência, o realinhamento das tabelas salariais.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Júlio Pinheiro (PTB), observa que, desde janeiro, há o compromisso da atual Mesa Diretora fazer justiça para com os servidores efetivos da Casa. Ele recorda que a maior parte dos servidores de nível elementar, atualmente, tem algum curso superior, alguns até mesmo com especialização e mestrado.

Júlio Pinheiro recorda que a classe está sem ganho real de salários há mais 15 anos, recebendo, sempre, apenas a reposição salarial das perdas ocasionadas pelo índice de inflação.

Mais de 30 servidores serão beneficiados, diretamente, com a medida. Se aprovada nesta terça-feira, a Lei entra em vigor em janeiro de 2012.

Os servidores se reuniram, na manhã desta segunda-feira (19/09), com o secretário-chefe da Controladoria Interna da Câmara, advogado Eronides Nona Dias da Luz, para discutir detalhes do projeto. “A reunião foi convocada pelo presidente Júlio Pinheiro, mas ele se ausentou por motivo de força maior e nos delegou a incumbência de discutir o projeto com os servidores”, explica Nona Dias da Luz.

A maioria dos servidores agradeceu a Júlio Pinheiro. “A atual Mesa Diretora está de parabéns por olhar para os funcionários com os menores salários e, enfim, reconhecer a relevância de nosso trabalho”, afirma Frank Sabiá, que há duas décadas trabalha no protocolo do Palácio Paschoal Moreira Cabral.

O servidor Benedito Fonteles de Lima, o popular ‘Garçon Dintinho’, 68 anos, lembra que, em quase 30 anos na Câmara, é a primeira vez que os servidores são consultados sobre uma lei que irá beneficiá-los. “Esperamos por isso há muitos anos e, agora, creio eu, fez-se justiça com os que são mais assíduos e, historicamente, recebem a menor remuneração”, avalia Garçon Ditinho, que já foi maître de restaurantes renomados da Capital, nas décadas de 70 e 80.