Deputado lamenta falta de diálogo que mantém greve nos serviços públicos

O deputado federal Nilson Leitão, lamentou nesta quarta-feira a situação de abandono por parte do governo em relação ao ensino superior. Professores das universidades estão em greve há 40 dias sem qualquer resposta por parte do governo.

Eles reivindicam um plano de reestruturação da carreira docente, que teria sido prometido pelo governo federal para março. O plano inclui o estabelecimento de 13 níveis de remuneração com variação salarial de 5% entre eles e piso para a carreira de 2.329,35 reais referente a 20 horas semanais de trabalho; Atualmente, o valor é de 1.597,92 reais.

O governo chegou a marcar uma reunião com a categoria na semana passada, mas desmarcou o encontro na véspera alegando falta de tempo para apresentar um plano que contemple as reivindicações dos grevistas.

Para o deputado federal Nilson Leitão, o atual governo esquece que se fez usando como de campanha, a educação e a valorização ao trabalhador.

“A inércia do governo diante da situação que se apresenta deixa claro que tudo o que disseram em defesa da educação e da valorização do trabalhador não passava de discurso. Eram criticas sem propostas, pois se houvesse alguma, já teriam apresentado. O que vemos agora é um governo perdido no emaranhado de sua própria história”, disse Leitão.

Para o deputado é clara a falta de compromisso do governo com os servidores federais uma vez que outras categorias já anunciaram a greve, como os servidores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

A greve começou na última segunda-feira (25) e já atinge 22 das 40 sessões sindicais dos servidores lotados na instituição de pesquisa.

Os trabalhadores cobram 5% de correção salarial sobre o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) e melhorias nas condições de trabalho, entre elas; plano de assistência médica, assédio moral, advertência e punições, redução de jornada de trabalho, licença para atividades culturais e educativas, liberação em dia de pagamento, quadro de pessoal, qualidade de vida em campos experimentais, auxílio creche, auxílio educação, licença paternidade e licença por adoção.

“Sou solidário às causas destes trabalhadores e estamos prontos a lutar por eles. O desenvolvimento de nosso país passa necessariamente pela educação e pela pesquisa”, finalizou Leitão.