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Polícias
Sexta, 07 de junho de 2013, 21h18

Polícia Civil prende quadrilha que aplicava o golpe do falso sequestro


 

 

Um grupo criminoso que utilizava do golpe do falso sequestro para extorquir vítimas foi desarticulado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, na quinta-feira (07.06), em Cuiabá. Uma mulher, dois homens e um menor foram autuados em flagrante após extorquirem R$ 2.480, de uma vítima do município de Aral Moreira, no Estado de Mato Grosso do Sul (MS). Três presos da Penitenciária Central do Estado também vão responder pelos crimes.

O golpe era praticado de dentro da Penitenciária Central do Estado, por três detentos do Raio 2. Os reeducandos Jair da Silva, Cleverson Patrick Ferreira do Carmo e Luciano Correa de Arruda, ligavam aleatoriamente para telefones celulares de vítimas e diziam que estava com um parente (um filho, irmão, pai ou mãe) sequestrado e exigiam dinheiro em troca da vida dele. Com ameaças de morte e utilizando do nervosismo da vítima, os golpistas acabam convencendo a vítima de que realmente está com alguém de sua família.

Do lado de fora, os presidiários contavam com apoio de Cerdilene Santana Antunes, 44, que cedia contas correntes de cinco agências bancárias de Cuiabá, para as vítimas depositarem o dinheiro, que depois era repassados aos comparsas Carlos Guilherme da Silva Junior, 31, Glauco César Arruda Zatar, 28 e ao menor P.H.O.S, 16 anos. Todos foram autuados nos crimes de quadrilha ou bando e extorsão, sendo o menor responsabilizado em ato infracional.

A mulher contou aos policiais do GCCO que apenas recebia, retirava e transferia os valores recebidos nas contas bancárias. Ela também informou que é namorada do presidiário Jair da Silva, a qual conheceu através de uma amiga durante visita no presídio.

Com extratos apreendidos das contas da suspeitas, os policiais identificaram quatro depósitos, um R$ 1,2 mi e três R$ 1 mil, todos de extorsão de vítimas que caíram no golpe, nos últimos dois meses. “A quadrilha sempre começa com valores altos de R$ 15 a 20 mil, mas depois vai baixando para valores que é possível sacar rapidamente”, explicou o delegado Flávio Henrique Stringueta, chefe da Gerência de Combate ao Crime Organizado.

De acordo com o delegado, a quadrilha conseguiu extorquir dinheiro de cinco vítimas, identificadas até agora, mas o número de pessoas que recebem o golpe é muito maior. “Tem muita gente que não cai no golpe, mas o crime aconteceu mesmo que a pessoa não tenha depositado o dinheiro, por isso pedimos que seja comunicado à polícia”, destaca o delegado.

Conforme Flávio Stringueta, a quadrilha conta, principalmente, com a ingenuidade e desespero da vítima, que diante de toda uma performance teatral acaba se convencendo que de fato tem um ente seu sob ameaça e assim termina fornecendo detalhes da pessoa supostamente sequestrada para assustar e convencer a vítima a pagar rapidamente. “Orientamos que tenha calma, desligue o telefone e acione a polícia”, frisa Flávio.

Stringueta disse ainda que o crime é muito grave, por ser praticado de dentro de presídios e atingir o país inteiro, daí também a dificuldade de apurar, uma vez que as vítimas estão espalhadas por todas as regiões brasileiras. “É um crime muito grave, que expõe a fragilidade das cadeias brasileiras e coloca em risco à sociedade que não deveria estar mais a mercê desses criminosos. Isso acontece porque temos uma falha no sistema, com a entrada de celulares dentro das unidades prisionais”, destacou o delegado Flávio Henrique Stringueta.

Vítima

No caso da quadrilha presa pelo GCCO, uma das vítimas que caiu no golpe foi um cidadão de Aral Moreira, que recebeu uma ligação de uma pessoa se passando por seu sobrinho, informando que estava com o carro quebrado na estrada e precisava de dinheiro para pagar o dono da oficina, pois estava sem talão de cheque. A vítima transferiu R$ 2.400, na conta informada. Depois, ao conseguir falar com o sobrinho, descobriu que havia caído no golpe e cancelou a transferência.

Antecedentes

O preso Carlos Guilherme tem passagens por roubo, porte ilegal de arma de fogo, lesão corporal e violência doméstica. 




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