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Polícias
Quinta, 19 de setembro de 2013, 14h43

Cerca de 70 pessoas são localizadas por mês pelo Núcleo de Desaparecidos da Polícia Civil


A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), da Polícia Judiciária Civil, possui um núcleo especializado para tratar os casos de desaparecimento de pessoas. Todas as ocorrências registradas, que envolvam o sumiço de alguém são enviadas ao setor, que automaticamente fica responsável pelas buscas para localizar a vítima. 

O trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Desaparecidos tem atingido resultados satisfatórios. Com cerca de 80 desaparecimentos ao mês em Cuiabá e Várzea Grande, os policiais tem alcançado êxito na localização de uma média de 64 a 72 pessoas, o que significa 80 a 90% de sucesso nas buscas.

Entre as pessoas localizadas, esta o aposentado Zequias Tiago, 71 anos, que no dia 31 de julho deste saiu de casa, na capital paulista, para uma viagem a Campinas (SP), e desapareceu misteriosamente, sem dar notícias a família. O idoso foi localizado pelo Núcleo de Desaparecidos no interior do estado de Mato Grosso.

A família percebeu que Zequias partiu sem o aparelho celular e deduziu que ele havia esquecido o telefone. Preocupados com a falta de contato por parte do aposentado, os familiares telefonaram para alguns parentes em Campinas e foram informados que Zequias não havia aparecido lá.

Angustiado, o filho do aposentado, Aelson Tiago, procurou pelo pai em agências de viagens, até que descobriu que o seu pai não tinha embarcado para Campinas, mas sim para Cuiabá.

Aelson então procurou o Núcleo para pedir ajuda nas buscas. Traçando o perfil da vítima, a equipe policial começou a suspeitar que Zequias afastou-se do convívio familiar por vontade própria. “As suspeitas se sustentavam porque ele informou o destino errado de sua viagem, indicando que não queria ser encontrado, deixou o telefone celular em casa, o que denuncia sua intenção de dificultar a comunicação por parte da família, e mesmo não portando o celular, não fez contato depois de sair de casa”, explicou a investigadora Lauriane Cristina de Oliveira de Lara, chefe do Núcleo de Pessoas Desaparecidas.

A esposa e o filho de Zequias discordaram da hipótese levantada pela polícia, afirmando que ele não teria motivos para tal feita, mesmo assim continuaram cooperando cedendo imagens e informações necessárias. Segundo o filho do idoso, na época dos fatos, outro parente residia na cidade de Campos de Júlio, a 553 km a Noroeste, de Cuiabá.

Em buscas junto às empresas de transporte rodoviário, policiais do setor de desaparecidos descobriram que de Cuiabá, o aposentado embarcou para Sapezal (480 km a Noroeste), última cidade antes do desembarque em Campos de Julio. Com o apoio dos policiais civis daquele município, Zequias foi localizado em Sapezal, 11 dias após seu desaparecimento. Ele estava morando sozinho em um pequeno quarto alugado e também não procurou o conhecido que possuía residência no município vizinho.

Aos policiais o aposentado contou que se afastou da família por estar magoado com a esposa, após uma discussão entre eles. O filho Aelson ficou tão grato que poucos dias após a localização de seu pai, escreveu um e-mail a a chefe do núcleo de desaparecidos, Lauriane Lara, para agradecer e parabenizar a equipe pelo belo trabalho.
 




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