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Tema de audiência pública, requerida pelo próprio parlamentar, vai debater medidas para a melhoria do sistema e será realizada no dia 14 de setembro, no auditório Milton Figueiredo, na Assembleia Legislativa
A falta de interesse na área da saúde mental levou o desmantelamento do pouco já existente, como por exemplo, o fechamento do pronto atendimento do Centro Integrado de Assistência Psicossocial (CIAPS), Hospital Adauto Botelho, em Cuiabá. Por entender ser um tema de grande relevância, porémpouco discutido, o deputado estadual Dr. Leonardo (PDT) convocou uma audiência pública para debater sobre a saúde mental, em Mato Grosso.
A audiência pretende fazer a elaboração de um modelo de assistência em saúde mental, levando em conta a rede de atendimento existente, melhorando de sua eficiência. A audiência será realizada no dia 14 de setembro, no auditório Milton Figueiredo, na Assembleia Legislativa.
“Temos que discutir o problema, tirar debaixo do tapete e parar de esconder essa grande dificuldade que muitas famílias passam. Não podemos ficar de braços cruzados a espera de soluções mágicas”, destacou.
O parlamentar convidou a Secretaria de Estado de Saúde (SES), Associação Mato-grossense de Psiquiatria, Centro de Valorização da Vida (CVV), além de profissionais da área, no intuito de convocá-los para a ação de enfrentamento contra o descaso com a saúde mental, no estado. Segundo o deputado, existe ainda um grande preconceito por parte da sociedade, inclusive, dos médicos que muitas vezes se recusam a atender pacientes em surto.
O deputado defende que os pacientes devam receber a atenção adequada para ser reinserido na sociedade. “Não é porque a pessoa é doente mental que ela tem que ser excluída da convivência social e viver presa, pelo contrário, temos que dar condições de tratamento a elas, para que sejam tratadas e possam ter uma vida social normal, sem discriminação”, explicou.
Dr. Leonardo, que tem pós-graduação em psiquiatra, lamentou que os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Atenção Básica – fundamentais para uma boa política de saúde pública – estejam todos desestruturados. “Temos que trazer para fora este assunto, chamar a atenção da sociedade, dos nossos governantes e restabelecer as discussões do que está errado e encontrarmos uma solução para a negligência com a saúde mental”, disse.
A atual crise na rede de assistência em saúde mental se deve, entre outros motivos, aos cortes de verbas que são repassadas às entidades para o atendimento, via Sistema Único de Saúde (SUS) e reflete uma situação nacional, diante do contingenciamento de recursos pelo Ministério da Saúde.
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