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Traduzido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para o espanhol, um curso desenvolvido no Brasil está ajudando profissionais de saúde de outros países a enfrentar a epidemia do vírus zika.
Desde agosto de 2016, quando a versão em espanhol foi disponibilizada pela agência regional da ONU, mais de 8,3 mil participantes já concluíram com sucesso a formação.
O índice de certificação ultrapassa 89%, porcentagem considerada pela OPAS como muita satisfatória para formações à distância na modalidade autoinstrucionais.
Com o tema “Zika: abordagem clínica na Atenção Básica”, a capacitação tem carga de 40 horas e foi elaborada em parceria com a Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e o Ministério da Saúde.
Até o momento, os cinco países com mais matrículas e aprovações são Equador, México, Peru, Honduras e Colômbia. O Equador utilizou o curso como parte da estratégia nacional para controlar o zika e é a nação com o maior número de profissionais certificados.
De acordo com a coordenadora do curso e da UNA-SUS/Fiocruz Mato Grosso do Sul, Vera Lucia Kodjaoglanian, na adaptação do conteúdo para o espanhol, foram levadas em consideração a realidade brasileira e a situação mundial diante dos desafios trazidos pelo zika.
“Houve adaptação de conteúdo levando os diferentes contextos socioeconômicos, sanitários dos mais diferentes países que utilizam a língua espanhola, além da adaptação das tecnologias da informação que sustentam o referencial teórico e prático do curso”, explica.
Para o representante da OPAS no Brasil, Joaquín Molina, as autoridades de saúde brasileiras têm muito a contribuir com outras nações pelo fato de serem protagonistas na resposta ao zika. “O Brasil tem produzido conhecimentos essenciais para entender e gerenciar essa situação. A generosidade do país em compartilhar o conteúdo do curso é um grande exemplo de cooperação internacional”, afirmou.
Os conhecimentos ensinados contêm orientações sobre o comportamento do principal vetor do vírus, o mosquito Aedes aegypti, e sobre o cuidado adequado com os pacientes — desde a suspeita de infecção pelo zika até o acompanhamento de gestantes, lactantes e bebês.
O curso também aborda a notificação dos casos e o papel do profissional enquanto agente de vigilância em saúde e disseminador de informação que pode contribuir para a educação permanente de equipes médicas.
A capacitação, que já estava disponível em português desde o início deste ano na página da UNA-SUS — acesse aqui —, agora pode ser acessada em sua versão em espanhol por meio do Campus Virtual de Saúde Pública da agência da ONU.
Para participar, é necessário criar uma conta na página e efetuar a matrícula, que é gratuita. O acesso ao conteúdo é livre e, ao fim do curso, os participantes recebem um certificado de conclusão.
A formação é dividida em quatro unidades: aspectos epidemiológicos, promoção da saúde e prevenção da infecção pelo zika; quadro clínico e abordagem das pessoas infectadas pelo vírus; cuidados com as gestantes com suspeita ou confirmação de infecção; e vigilância da infecção pelo zika e suas complicações.
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