Doadores de componentes do sangue são homenageados pelo MT Hemocentro

Foto: Anderson Acendino

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O último sábado (26.08) foi dia de confraternização e de homenagens aos doadores ativos e fidelizados do cadastrado de doadores por aférese do MT Hemocentro. São pessoas que doam afeto e vida para milhares de pacientes anônimos há mais de 20 anos. Para homenagear essas pessoas especiais, a direção do MT Hemocentro, com o apoio do time de futebol americano Cuiabá Arsenal, realizou um encontro no auditório da Arena Pantanal.

A abertura do evento foi realizada pela diretora geral do MT Hemocentro, Silvana Salomão; participaram servidores, empresários, jornalistas e o presidente do Cuiabá Arsenal, Paulo César Ribeiro, que é doador e apoiador do encontro. Salomão agradeceu o apoio de todos os empresários e especialmente dos servidores que dedicaram à manhã de sábado para trabalhar em prol do MT Hemocentro.

A diretora do MT Hemocentro destacou especial agradecimento à servidora Magda Matos, assistente de captação, setor que tem como atribuição promover esse tipo de congraçamento entre a instituição pública e os doadores; a gerente de doação, Juliana Silva e a coordenadora técnica, Suzana Sandim Borges, pelo envolvimento e dedicação ao projeto.

Durante toda a manhã, os doadores participaram de atividade cultural com o coral Mato Grosso, que existe há 27 anos, e que doou o seu tempo para se apresentar no evento. O grupo de escoteiro Monte Sião encenou uma peça sobre doação por aférese e a instituição internacional BPW que representa a Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais, com sede em Cuiabá, apresentou a campanha nacional Doando Vida. A BPW, que foi representada por Sônia Mazeto, é uma instituição sem fins lucrativos e que incentiva e apoia as campanhas de doação de sangue, de órgãos, pele e de leite materno.

A campanha de doação de sangue começou neste sábado, 26, e vai até o dia 27 de setembro, em todo o País. “Nesse período de um mês as empresas associadas ao BPW vão disponibilizar seus funcionários, que queiram ser doadores, para irem até ao MT Hemocentro para fazer a doação de sangue ou por aférese”, destacou Mazeto.

Os doadores foram homenageados com a entrega de certificados e com sorteio de presentes, camisetas e outros brindes. E também assistiram a palestras para conhecer melhor o processo de doação por aférese e a aférese terapêutica, que é quando o paciente recebe a doação. O MT Hemocentro utiliza o mesmo equipamento moderno que é usado no Canadá. O equipamento faz a separação dos componentes do sangue na medida certa e com toda segurança para doador e paciente.

Doença Falciforme

A Associação de pessoas com a Doença Falciforme em Mato Grosso apresentou um vídeo com depoimentos de agradecimento feitos por pacientes que estão em tratamento e que foram curados graças aos componentes do sangue que são doados pelos doadores por aférese.

A falciforme é um tipo de anemia que acomete milhares de pessoas. Em Mato Grosso, o MT Hemocentro registrou 524 pacientes com essa doença e a segunda doença mais comum é a hemofilia, com 315 casos registrados. Entre todas as patologias que necessitam de sangue e de seus derivados, como plasma, hemácias e plaquetas, o MT Hemocentro atendeu 4.746 pessoas em 2015; em 2016 foram 5.281 pacientes e até o mês de julho de 2017 já foram atendidos 3.191 pessoas. Até o final do ano, a previsão é que chegue a mais de 6 mil pacientes.

A alegria de doar vida

Entre os mais de 200 homenageados está o gerente de logística, Walter Bispo de Lima, que é considerado o maior doador por aférese de Mato Grosso. Ele começou doando sangue, em 1991, e desde 2001, que foi quando o MT Hemocentro passou a realizar a doação por aférese, Walter passou a fazer esse tipo de doação também.

Com um total de 70 doações em 16 anos de doação frequente, Walter falou da alegria que sente em poder ajudar o próximo. “Sempre tive vontade de ajudar de alguma forma e essa foi à maneira que encontrei de fazer isso. Muita gente me pergunta se quem doa tem o sangue engrossado e eu digo que não, isso tudo é mito. Não tem porque ter medo de doar, eu nunca tive problema e nem medo, pois o processo de doação é seguro”, ressaltou.