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Agro
Sexta, 20 de fevereiro de 2015, 09h00

Medeiros apoia protesto de caminhoneiros e ignora ICMS elevado cobrado por Mato Grosso


Alberto Romeu
De Alto Garças


O senador mato-grossense José Medeiros (PPS-MT) manifestou da tribuna do Senado ontem apoio ao movimento dos caminhoneiros que bloqueiam trechos da BR 163 no Norte de Mato Grosso. Os protestos tiveram início na quarta-feira de Cinzas. O protesto visa forçar o governo a reduzir os preços dos combustíveis pelo governo federal mas também apontam para os percentuais praticados pelo governo de Mato Grosso, que trabalha com uma alíquota de 17% contra 12 do estado de Goiás.

"Se o governo virar as costas para esse movimento, o bloqueio pode ocorrer em outras rodovias de Mato Grosso e até mesmo se espalhar por todo o país — alertou o senador em Plenário.

Senador Medeiros, aliado de Taques: apoio a caminhoneiros mas sem apontar culpa do governo Taques na cobrança de 17% de ICMS sobre o óleo diesel.

José Medeiros observou que o bloqueio de rodovias compromete o escoamento da produção agrícola, principal atividade econômica de Mato Grosso, e demonstra ser preciso investir mais em outros formas de transporte, como o hidroviário e o ferroviário, por exemplo. "No Brasil, se o setor rodoviário espirrar, a nossa produção toda fica gripada. Em outros países se optou por ter uma segurança maior, fazendo o transporte todo via trem, via ferrovia. E nós, em algum momento da história, perdemos o bonde e passamos a depender de um transporte caro em termos de patrimônio e caro também em perdas de vidas — disse.

A manifestação de Medeiros, que assumiu em janeiro a vaga de titular de Pedro Taques (PDT) que foi eleito governador de Mato Grosso, é uma crítica ao seu próprio aliado, por conta do fato de que Mato Grosso aplica um dos mais altos índices do PMPF - Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final - sobre a cobrança de ICMS: 17% contra 12% do vizinho estado de Goiás.

A diferença a mais praticada em Mato Grosso é uma revolta do setor de revenda de combustíveis já que caminhoneiros e frotistas abastecem em estados vizinhos antes de entrar em Mato Grosso. 

No sábado em período de Carnaval, Medeiros participou na região de Alto Garças de um movimento de produtores rurais que cobram o asfaltamento das rodoviais MT 110 e 270, além da conclusão das obras da MT 100. Oriundo da Polícia Rodoviária Federalo, o hoje senador disse ser conhecedor do setor e sabe da necessidade de melhorias nas estradas para escoamento da safra.

Responsável pela movimentação do "Estradeiro da Esperança", o produtor rural Roland Trentini, ex-prefeito de Alto Garças, liderou o comboio de mais de 70 carros e que contou com a presença de 200 produtores rurais, prefeitos de 10 municípios e vereadores. Particiapram do ato o vice-governador Carlos Fávaro, o secretário de Estado de Infraestrutura Marcelo Duarte, dois deputados estaduais e o deputado federal Adilton Sachetti. 



A análise de Roland Trentini, ex-prefeito de Alto Garças, membro da diretoria da Aprosoja e da Associação Brasileira de Sementes de Soja, alerta para o que chama de estratégia da ALL (América Latina Logística) em desativar o terminal ferroviário de Alto Araguaia. E defende a urgência presença do governo de Mato Grosso na pavimentação de vias da região ligando os municípios de Guiratinga a Alto Garças pela MT 110  e por outro entrocamento Guiratinga a Tesouro e em seguida Torixoréu, chegando a MT 100. 

Sobre a MT 100 o produtor rural afirma que a pavimentação da MT 100 entre Barra do Garças e Alto Araguaia visa viabilizar urgente o grande fluxo da produção agrícola do Vale do Araguaia, envolvendo os municípios de Querência, Água Boa, Canarana e Nova Xavantina, que destinará os produtos para Alto Araguaia, e não mais para São Simão, no estado de Goiás”.

Trentini alertou ainda que em São Simão, Goiás, as vias de escoamento são barcaças e com os níveis dos rios baixos, o terminal de Alto Araguaia é importante para viabilizar o escoamento da safra por ferrovia.




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