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Agro
Quinta, 17 de fevereiro de 2011, 13h34

Defensivos agrícolas no Brasil - Vendas têm queda de 3%, em 2010


Movimentação foi de R$ 12, 436 bilhões, ante R$ 12,878 bilhões do período anterior. Em moeda norte-americana, setor movimentou US$ 7,2 bilhões, com elevação de negócios de 9%

 

São Paulo – A valorização da moeda brasileira levou o setor de defensivos agrícolas a uma redução de 3% em seu resultado de negócios de 2010. A movimentação recuou para R$ 12,436 bilhões, ante R$ 12,878 bilhões verificados em 2009. Já em moeda americana, a indústria obteve crescimento de 9% - o montante saltou de US$ 6,626 bilhões para US$ 7,240 bilhões.

 

Os números apurados pelo Sindag – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola – foram divulgados na data de ontem (16/02), durante coletiva à imprensa realizada na capital São Paulo, com a presença de dirigentes do Sindag e da Andef – Associação Nacional de Defesa Vegetal -, entidades representativas da indústria de agroquímicos.

 

De acordo com os dados do Sindag, a única categoria de produtos que registrou elevação de vendas em reais, em 2010, foi a de fungicidas, com alta de 5% impulsionada pela demanda de produtos para controle da ferrugem asiática ou ferrugem da soja. Essa movimentação cresceu de R$ 3,482 bilhões, em 2009, para R$ 3,667 bilhões.

 

Já as vendas de herbicidas tiveram redução de 10%, enquanto as de inseticidas e acaricidas caíram 3% e 9%, respectivamente.

 

“Apesar do resultado negativo, em reais, não significa que 2010 tenha sido um ano ruim para a nossa indústria. Ao contrário, foi um ano de recuperação de posições, incluindo a melhora do poder de compra dos agricultores e o avanço no emprego de novas tecnologias no campo, logo após termos enfrentado a crise financeira global ao longo de 2009”, resumiu o presidente do Conselho Diretor da Andef, João Sereno Lammel, também 1º vice-presidente do Sindag. Na indústria, o executivo ocupa o cargo de diretor de desenvolvimento de negócios da DuPont.

 

 

Expectativa de crescimento em 2011

 

Para o presidente do Sindag, Laercio Valentim Giampani, se mantido o atual cenário de mercado, com bons preços agrícolas, valorização das commodities e a perspectiva de aumento de área plantada em culturas como o algodão, o setor deverá crescer entre 5% e 10% ao final de 2011. Além de dirigente setorial, Giampani é o atual presidente da companhia Syngenta Proteção de Cultivos.

 

O diretor executivo da Andef, Eduardo Daher, enfatizou por sua vez, que o resultado positivo em dólar deve ser atribuído, principalmente, à elevação dos preços das commodities no mercado internacional. “Em períodos de commodities em alta, o agricultor tende a ampliar seus investimentos em tecnologia”, disse. “De outra maneira, fomos prejudicados por fenômenos climáticos como o La Ninã e a seca que castigou a agricultura no terceiro trimestre de 2010, e que retardou a aquisição de produtos pelos agricultores”, acrescentou Daher.

 

José Roberto Da Ros, vice-presidente executivo do Sindag, reforçou que o resultado negativo em reais, além da valorização da moeda brasileira, adveio da queda de 20% nos preços dos agroquímicos, comparativamente ao ano de 2009. “No caso do glifosato, por exemplo, essa redução foi superior a 40%”, informou o executivo.

 

O glifosato, por sinal, é usado na formulação de herbicidas, categoria de produtos cuja movimentação equivale a mais de 30% do mercado total de defensivos no Brasil.




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