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Ainda que a demanda global por GRÃOS permaneça aquecida, puxada por países emergentes como a China, os mais recentes levantamentos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre áreas plantadas e estoques no país nesta safra 2011/12 deflagaram no mercado uma onda de ajustes para baixo em cenários para os preços internacionais de milho, trigo e soja.
Das revisões divulgados já na sexta-feira, um dia após as divulgações do USDA, a que chamou mais a atenção, pela envergadura dos cortes efetuados, foi a do banco de investimentos Goldman Sachs, que costuma traçar horizontes trimestrais, semestrais e anuais. O banco já projetava uma desaceleração das cotações, mas acredita que a tendência será acentuada.
Ainda que não seja consenso no mercado, uma vez que a demanda global tem se mostrado resistente às mais diferentes crises nos últimos anos e os estoques mundiais continuam em baixos patamares históricos, a posição do Goldman Sachs resume o susto provocado pelo USDA na quinta-feira.
Como informou na sexta-feira o Valor, o departamento americano, que tem status de ministério, informou que a área plantada de milho nos EUA nesta safra 2011/12 é de 37,4 milhões de hectares, 1,7% mais do que previu apenas três semanas antes. O USDA também mostrou que os estoques de milho no país em 1º de junho estavam 15% menores que há um ano, mas os analistas esperavam um volume menor.
Os números do milho foram os que chocaram mais o mercado, mas também houve ajustes na mesma direção, mas menores em volume, para trigo e soja. Resultado é que as cotações do trio despencaram na bolsa de Chicago na quinta-feira e, na sexta-feira, o milho voltou a tombar.
Os contratos do grão com vencimento em setembro encerraram a semana negociados a US$ 6,0675 por bushel, em queda de 41,25 centavos de dólar. Assim, foi profunda a deterioração em relação ao fechamento de segunda-feira (US$ 6,4425 por bushel).
Para o trigo, a sexta-feira também foi de baixa, mas modesta. Os contratos para setembro fecharam a US$ 6,1225, 2 centavos a menos que na quinta-feira. Já os papeis da soja para entrega em agosto fecharam a US$ 13,1275 por bushel, em alta de 13,25 centavos em relação à véspera.
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