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Agro
Segunda, 02 de julho de 2012, 09h16

Depois de 15 dias, mercado de açúcar aponta ritmo de baixa


Após pequena alta apresentada há 15 dias, o mercado de açúcar volta a fechar em quedas. A baixa se apresenta em todos os vencimentos ao longo da extensa curva de preços - que vai até maio de 2015.

Ninguém entendeu o porquê desse derretimento tão rápido e não faltaram especulações. O fato é que as soft commodities (açúcar, cacau, café e algodão) estão dando canseira aos gestores. Todas elas apresentaram queda nesta última semana - comenta Arnaldo Corrêa, gestor de Risco e Diretor da Archer Consulting.

As chuvas que caem no Centro-sul, que têm atrasado o corte de cana, ajudaram o açúcar a recuperar parte da recente queda de preços no mercado internacional.

Embora ninguém esteja entusiasmado com possibilidades de alta, muitos operadores do mercado acreditam que as mínimas (18,86 no início deste mês) já foram vistas e não teremos mais esse quadro - completa Arnaldo.

De acordo com o diretor da Archer Consulting, alguns pontos podem reforçar a idéia de que o mercado encontrou o nível de suporte nos preços atuais.

Apontamos alguns, como o sentimento do aumento iminente no preço da gasolina na bomba, que tem o efeito de elevar, em tese, o preço base do hidratado. Também devemos considerar pontos como as mudanças no imposto sobre operações financeiras, que facilitariam a entrada de dólares e, consequentemente, trariam um fôlego para o real; assim como a eventual mudança da mistura de combustível, alterando o percentual de anidro para 25% dos atuais 20% - explica Arnaldo.

Mas na contrapartida, existem as argumentações de que o recrudescimento do cenário macroeconômico que valorizaria o dólar jogaria as commodities para baixo. O petróleo foi a commodity que mais caiu este mês: 14,8% de queda. Suco de laranja, soja e açúcar são as únicas que subiram em junho até agora, com 13%, 6,8% e 4,5% respectivamente.

Segundo Arnaldo, respostas a algumas questões poderiam justificar os preços do açúcar:

Estariam refletidos nesses preços o crescimento da produção na Índia e Paquistão, as excelentes condições climáticas na Rússia e conseqüente aumento de produção e as revisões para baixo das safras no Brasil, México e EUA? Outra questão que se faz é: quais elementos seriam necessários para que o mercado subisse além dos níveis atuais?

O cenário macroeconômico aponta para uma desaceleração da economia mundial, apesar de o consumo mundial de açúcar ter aumentado em média 1,5% ao ano.

Aumento de disponibilidade e preços baixos costumam andar de mãos dadas. Mas uma esperada desaceleração no crescimento econômico global pode minar as perspectivas de expansão da indústria de alimentos sensível à variação de renda. Ou seja, o horizonte é carregado de nuvens negras. Se por um lado, entendemos que abaixo de 19,50 o mercado teria vida curta; por outro, acima de 23 ou 24 centavos de dólar por libra-peso, seria igualmente de curta duração - pondera Arnaldo Corrêa

(Fonte:Monitor Mercantil) 




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