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O rio Taxidermista I, que abastece o município de Alta Floresta, secou. Os reservatórios da capitação estão sem água e tem proprietários de represas se negando a liberar água. Para assegurar o fornecimento do produto à população, o Ministério Público Estadual teve que intervir. Ontem, a Promotoria de Justiça da cidade ingressou com ação civil pública com pedido de antecipação de tutela contra proprietários de uma dessas represas que se negavam a autorizar a entrada de técnicos na propriedade para instalação de equipamento de sucção e recalque (bomba d´água)
De acordo com o autor da ação, promotor de Justiça Marcelo Caetano Vacchiano, a liminar foi concedida na manhã de quinta-feira (19/08). A água já está sendo capitada e enviada para tratamento e distribuição à população. “Existem represas e os proprietários serão chamados a ceder a água para atender a população. Caso se neguem outras ações poderão ser ajuizadas para que a cidade não fique desabastecida”, ressaltou o promotor de Justiça.
Segundo ele, a concessionária responsável pelo abastecimento começou a canalizar água de outro rio, o Taxidermista II, que tem capacidade para atender somente 50% da demanda. O problema foi discutido com a população, nesta quinta-feira, durante audiência pública. A pauta incluiu também o aumento nas contas repassadas aos consumidores.
Conforme o promotor de Justiça, os diretores da concessionária responsável pelo abastecimento estão no município há aproximadamente duas semanas tentando encontrar um solução para o problema. Várias propriedades estão sendo visitadas com intuito de verificar os motivos pelos quais houve gradativa diminuição da vazão do rio.
O representante do Ministério Público afirmou ainda que foram identificadas várias propriedades na microbacia Mariana, onde está situado o Rio Taxiderista I, com passivo ambiental nas matas ciliares. “Há dois anos a Promotoria de Justiça vem chamando os proprietários para celebração de Termos de Ajustamento de Conduta com o objetivo de recuperar as áreas de preservação permanente na medida que são elas - as APPs - que garantem a existência da água. Ocorre que esse processo de recuperação e aumento da vazão da água demanda anos de intervenção reparatória. Isto porque foram décadas de antropização degradatória em tais locais”, acrescentou.
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