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Domingo, 12 de junho de 2011, 13h52

Amostras de granito de Alta Floresta integram o Atlas de Rochas Ornamentais da Amazônia


Após dois anos em campo fazendo levantamento de amostras, o Governo do Estado por meio da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), vinculada a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) tem uma perspectiva do potencial de granito na região de Alta Floresta. Das 20 amostras que foram para análise de qualidade física e tecnológica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (ITP), em São Paulo, 18 estarão no Atlas de Rochas Ornamentais da Amazônia, previsto para publicação em julho, pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

 

O Atlas apresentará desde o afloramento da rocha ao estágio polido, dando um ideia de como é a espécie. A análise química e física serve para averiguar em que área o granito pode ser usado, se em revestimento, calçamento interno e externo ou outros. As 18 amostras serão identificadas com nome e Estado de origem. “É importante catalogar porque Alta Floresta tem polo graniteiro. Agora o próximo passo é levantar o potencial de reservas”, disse José Gimenes Via Filho, geólogo da Metamat.

O Catálogo de Rochas Ornamentais de Mato Grosso é um trabalho que vem sendo defendido pela equipe da Metamat. “Existem outras ocorrências, além da região de Alta Floresta, que precisam ser catalogadas. Entre elas, em Confresa, Rio Branco, Araputanga, Pontes e Lacerda, no Sudoeste do Estado, enfim, só depois de apresentado esse potencial o Estado tem fortes indícios para atrair empresas dispostas a investirem no setor. Atualmente o granito comercializado em Mato Grosso vem de outros Estados”, comparou José Augusto Cavalcante, geólogo da Metamat que atua na pesquisa.

A pesquisa de amostras é liderada pela CPRM com apoio dos geólogos da Metamat, que desenvolvem o Projeto relacionado às Rochas Ornamentais, com previsão de ser expandido para outras regiões. Ressalta-se que a descoberta das rochas é consequência do trabalho com os paralelepípedos, (granitos) que vem sendo executado em Alta Floresta, incluindo o calçamento da prefeitura.

“O investidor vem para explorar minério se souber que há reservas. Muitas das descobertas são instigadas pela curiosidade, o importante é identificar o volume da rocha, a coloração e se é diferente do que é apresentado no mercado. O trabalho é para descobrir as peculiaridades de Mato Grosso, que têm rochas exóticas como as denominadas Esmeralda da Amazônia, Carmim da Amazônia, Camaiurá, Bordô Japuranã, entre tantas outras espécies”, pontuou José Gimenes.

Conforme os geólogos da Metamat existe um trabalho em andamento e estima-se que outros dois anos de pesquisa sejam necessários para a conclusão sobre Rochas Ornamentais de Mato Grosso.

O granito tem consumo cativo entre os chineses, italianos e árabes. Portanto, são países importadores em potencial.

CATÁLOGO ANTIGO

Em 1998 uma equipe de profissionais da Universidade Federal de Mato Grosso (Ufmt), Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), Metais de Goiás (Metago), Departamento Nacional de Produção Mineral e da Toucan Gold Co (corporação internacional), elaboraram um Catálogo de Rochas Ornamentais do Estado de Mato Grosso, através do Ministério de Minas e Energia, sob coordenação do 12º Distrito do Departamento Nacional de Produção Mineral de Mato Grosso (DNPM-MT).

O trabalho reúne contexto geológico de dezessete variedades de rochas para uso ornamental. Trazia à tona, à época (1998), mais uma riqueza mineral do subsolo mato-grossense, já reconhecido nacionalmente como um dos maiores produtores de ouro, diamante e da maior fonte de água mineral natural do Planeta cadastrada.

Agora, com estudos e descobertas de novas rochas, somente na região de Alta Floresta 18 foram testadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (ITP), de São Paulo, a ideia é elaborar um Catálogo atualizado apresentando as diversas amostras e regiões onde se encontram.




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