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Nacional
Segunda, 15 de outubro de 2018, 13h47

Emissora estreia série mundial sobre a escravidão moderna


Por que 40 milhões de pessoas, em todo o mundo, ainda hoje vivem como escravos? Essa pergunta é a provocação da série Por que escravidão? (na versão original, Why Slavery?), que a TV Escola leva ao ar no próximo dia 18, às 22h. Trata-se de um lançamento mundial a ser exibido simultaneamente em canais de televisão de 191 países. No Brasil, além da TV Escola, o Canal Futura faz parte dessa parceria.

Maior campanha de mídia global sobre o tema escravidão moderna, a série é produzida pela The Why Foundation, organização responsável pela distribuição de audiovisuais independentes para emissoras públicas de todo o mundo. Por que escravidão? será exibida por meio de seis documentários mostrando a vida de homens, mulheres e crianças que vivem como escravos em todos os cantos do mundo.

Usando o poder da narrativa forte como base do projeto, a série é focada em questionar por que a escravidão, em pleno século 21, permanece tão endêmica. O primeiro episódio, Empregada no inferno, é aberto com traz uma pergunta chave: um sistema de empregos é capaz de esconder uma realidade de tortura e humilhação?

Inferno real – A reportagem mostra o cotidiano de 2,8 milhões de mulheres imigrantes que trabalham como domésticas, presas e constantemente assediadas por seus empregadores, por meio do Sistema Kafala, legalizado no Catar e disseminado em outros países do Oriente Médio. Em árabe, a palavra kafala (também pronunciada kefala) equivale a tutela – mas, na prática, tem significado mais próximo a tortura.

Personagem central desse primeiro episódio da série, Mary Kibwana, de 35 anos, é apenas uma entre milhares de mulheres que viveram um pesadelo trabalhando como empregadas domésticas na Jordânia. Com quatro filhos, teve a sorte de poder voltar para sua casa, no Quênia, onde chegou em uma cadeira de rodas e com 70% do corpo queimado. Dois meses depois, ela morreu.

Assédio, abuso e estupro, além de uma rotina de 18 horas de trabalho são cenários comuns da realidade de domésticas que viajaram ao Oriente Médio em busca de emprego. Ao caírem no conto do Sistema Kafala, elas, logo de cara, têm seus passaportes confiscados e ficam presas a seus empregadores – dos quais, se tentarem escapar, estarão arriscando a própria vida.

Empregada no inferno acompanha agentes de emprego que descrevem de forma clara o comércio e empregadas que lutam para encontrar uma forma de retornar à casa após experiências angustiantes. Ao conceder um acesso sem precedentes a uma das formais mais brutais e assustadoras de trabalho forçado no mundo moderno, o episódio expõe os sigilosos mecanismos internos do sistema Kafala.




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