Mulher é a nova chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro – A delegada Marta Rocha é a nova chefe de Polícia Civil do Rio, em substituição ao delegado Allan Turnowski, que deixou o cargo ontem (15) pela manhã, após uma crise interna na instituição.

A saída de Turnowski foi provocada pelos fatos mostrados com a Operação Guilhotina, desencadeada pela Polícia Federal, com a finalidade de prender policiais civis e militares envolvidos com corrupção, tráfico de drogas e ligação com grupos de milicianos.

Marta Rocha foi escolhida depois de quase cinco horas de reunião na Secretaria de Segurança Pública. Atualmente, ela coordena as delegacias especializadas da Mulher no estado. A delegada foi corregedora da Polícia Civil.

A nova chefe de Polícia Civil disse que esse desafio vai exigir dela aquilo que tem de melhor para dar. “O amor à Polícia Civil, a dedicação à coisa pública, a honrabilidade do meu cargo e a certeza de que a gente pode construir uma sociedade justa, solidária com a participação da Polícia Civil e da Secretaria de Segurança Pública”.

A delegada Martha Rocha disse ainda que não tem os nomes das pessoas que irão compor a sua equipe, mas amanhã (16), logo cedo, começará a conversar para montar seu grupo de trabalho. “Nunca me vi como chefe de Polícia e por isso não tenho os nomes da equipe dentro da bolsa”.

Perguntada sobre a situação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), lacrada desde o último domingo (13), por determinação do ex-chefe da Polícia Civil Allan Turnowski, ela disse “que terá de aguardar a manifestação da Corregedoria da Polícia Civil sobre a correição que está fazendo na especializada e se existe algum fato concreto na apuração para depois se manifestar”.

Martha Rocha disse que vê o desafio do novo cargo não por aquele que foi preso [referência ao delegado Carlos de Oliveira, preso na Operação Guilhotina da Polícia Federal], mas “pelos bons policiais que existem. Os bons policiais exigem de seu chefe de Polícia Civil dedicação, coragem, competência, abnegação. Então, eu vejo o desafio por esses bons policiais”.

A nova chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro nos quadros da Secretaria de Segurança Pública em 1983 como policial. Em 1990, passou no concurso para delegada. Foi corregedora da instituição, atuou como delegada titular em diversas delegacias.