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Nacional
Quarta, 18 de maio de 2011, 13h47

Brasil cresce mais em cidades de médio porte, segundo IBGE


O processo de expansão demográfica do Brasil já não está mais concentrado nas grandes cidades brasileiras – como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre – mas se estendendo por uma quantidade importante de cidades de médio porte em todo o País. A informação foi divulgada na ultima terça-feira (17) pelo diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Pereira Nunes, ao participar do programa de rádio Brasil em Pauta.

Segundo o diretor-presidente do IBGE, essa é uma das grandes informações positivas levantadas pelo Censo 2010. Um exemplo disso é a cidade de Rio das Ostras (RJ), que do ano 2000 para o ano de 2010 triplicou sua população, e foi o município que mais cresceu em todo o País.

Por outro lado, Nunes avalia como negativo o fato de o Brasil ainda ter cerca de 16 milhões de pessoas que vivem em uma faixa de renda considerada de extrema pobreza. As informações coletadas pelo IBGE foram repassadas ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que está avaliando os dados e elaborando um programa voltado para esse grupo.

Outra questão revelada pelo Censo, ao longo dos anos, é o processo cada vez maior de autoreconhecimento do brasileiro em relação à sua cor. Segundo Nunes, se compararmos o Censo de 2000 com o censo de 2010, houve um aumento da proporção da população que se declarou negra, assim como da que se declarou como indígena. Para se ter ideia, 1,2 milhão não declarou a sua própria cor no Censo de 2000. Esse número caiu para apenas 60 mil pessoas em 2010.

“Isso não quer dizer que a população desse grupo esteja crescendo mais que os demais, não. É simplesmente porque está havendo cada vez mais um autoreconhecimento de cada agrupamento específico, ou seja, cada qual se reconhecendo cada vez mais como um cidadão na própria sociedade”, explicou.

A questão da idade do brasileiro também é um fator, de acordo com o diretor-presidente do IBGE, que daqui para frente também passará a fazer parte da agenda de todas as discussões de planejamento da sociedade brasileira para o futuro. A população brasileira está, proporcionalmente, apresentando um número maior de pessoas com mais idade, explicou. “Só para se ter uma ideia, encontramos no Censo de 2010 cerca de 24 mil pessoas com mais de cem anos de idade".

Na avaliação dele, a população está envelhecendo por dois motivos que são concomitantes: o cidadão está vivendo cada vez mais, a expectativa de vida está aumentando, e a taxa de fecundidade (dada pelo número médio de filhos que a mulher brasileira tem) está caindo, ou seja, estão nascendo menos crianças.

Pelos dados do IBGE, em 2000 o Brasil tinha 50 milhões de crianças de zero a 14 anos de idade; já em 2010 esse número caiu para 45 milhões. Ou seja, uma queda absoluta de 5 milhões em um País que aumentou – em termos absolutos – em 21 milhões de brasileiros: “Éramos 169 milhões em 2000, e somos 190 milhões em 2010”, esclarece Nunes. Nesse sentido, deverá haver uma mudança significativa no planejamento da sociedade, explica ele.

Os dados apurados pelo IBGE sobre analfabetismo (número de pessoas com mais de 15 anos que declaram não saber ler ou escrever) identificaram um índice de 9,6% em 2010. Segundo Nunes, se hoje a taxa de analfabetismo é de 9,6%, 50, 40 anos atrás essa taxa era de 50% da população. O que aconteceu, explica o diretor do IBGE, é que essas pessoas de antigamente ingressaram no mercado de trabalho, constituíram família, envelheceram, e ainda hoje são os mesmos que compõem o contingente muito grande de analfabetos, ou seja, os que no passado eram jovens e analfabetos são hoje os idosos e analfabetos. A taxa de analfabetismo de idosos no Brasil chega a 26% da população, de cada quatro pessoas com mais de 65 anos de idade, quase uma delas é analfabeta.
 




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