Fiscalização quanto a substituição das sacolas plásticas por alternativas ecológicas deve aumentar

Termina no próximo ano, o prazo estabelecido pelo poder público para que os comerciantes substituam as sacolas plásticas por alternativas ecologicamente corretas. A lei nº 1663, sancionada pelo prefeito Marino Franz em dezembro de 2008, determinava a troca gradativa das sacolas, em 20% até 2009, 40% até 2010 e 100% até 2012.

De acordo com o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Edu Pascoski, a partir do início do ano que vem, a fiscalização também será mais rigorosa por parte dos órgãos públicos. Porém, em 2013, não haverá mais tolerância e a substituição terá de ser total. “Esperamos que os supermercados estejam se adequando a lei para que não sejam notificados ou multados pelo não cumprimento da lei.”
Em maio deste ano, a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente entregou a todos os comerciantes uma nota recomendatória referente a obrigatoriedade da substituição gradativa das sacolas plásticas, produzidas a partir de resina petroquímica, por sacolas ecologicamente corretas, confeccionadas com materiais mais resistentes e menos poluentes.

Segundo o secretário, apesar de atingir diretamente os comerciantes, a campanha deve envolver toda a sociedade, desde as crianças com projetos de educação ambiental aos pais com a conscientização. “Precisamos de uma mudança de comportamento tanto dos empresários, quanto da população, que precisa aderir ao uso das sacolas ecológicas”.

A coordenadora de Programas e Projetos da Secretaria Municipal de Educação, Ivanilde Rigo ressalta que dentro das escolas o assunto é trabalhado há vários anos. O projeto Semeando a Educação, criado em 2008, promove desde a conscientização dos alunos ao desenvolvimento de ações práticas como a limpeza de áreas e o reflorestamento com espécies nativas.

Outra iniciativa do projeto, foi o desenvolvimento das “Eco Sacolas”, uma alternativa viável para a substituição das sacolas plásticas. Segundo Ivanilde, o modelo foi confeccionado a base de tecido e apresentado a toda a comunidade e aos empresários como forma de incentivá-los a investirem na fabricação.

Em três anos de projeto, o Semeando a Educação recuperou sete áreas degradadas do município, com o plantio de mais 18 mil mudas de espécies nativas do cerrado mato-grossense. As ações desenvolvidas como o projeto rendeu ao município um dos mais importantes destaques do País, o Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente, entregue em 2008.