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Nacional
Segunda, 21 de novembro de 2011, 17h19

Dia nacional de reflexão sobre a condição dos povos negros


Instituído por decreto da presidenta Dilma Rousseff, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, neste fim de semana (ontem) foi marcado por manifestações comemorativas. Muitas delas permeadas por protestos contra o preconceito, a discriminação racial e pela reivindicação de mais políticas que possibilitem avanços no caminho da igualdade. Foi uma marcação de posições mais do que necessária, já que os povos negros entre nós ainda enfrentam maior desemprego, recebem salário menor, têm os piores empregos e são as maiores vítimas da violência.

Ainda bem que passamos aquela fase, anos e anos - um século até - em que estas comemorações se circunscreviam ao 13 de maio, em torno de uma estátua da Mãe Preta ou de meras homenagens à Princesa Isabel, que assinou a Lei Áurea em 1888 e que, como todos sabemos hoje, tinha muito mais implicações econômicas do que sociais e humanitárias cercando seu ato.

Este Novembro da Consciência Negra - o mês inteiro é assim considerado por assinalar a morte de Zumbi dos Palmares há 316 anos - é marcado pela divulgação pelo Fundo de População das Nações Unidas do relatório Juventude Afrodescendente na América Latina: Realidades Diversas e Direitos (des)Cumpridos, e pela realização na Bahia, de 16 a 19 deste mês, do Encontro Ibero-Americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes - Afro 21.

O mais importante relatório da ONU sobre populações negras

Em meio a uma série de dados, o relatório do Fundo da ONU divulgado na última 6ª feira aponta que 12,9% do total de latino-americanos com idade entre 15 e 29 estavam desempregados em 2009. E que as taxas de desemprego entre jovens afrodescedentes são maiores do que entre os demais da região.

No fim de semana (sábado) a presidenta Dilma Rousseff participou, em Salvador, do Encontro Afro XXI e das discussões sobre a realidade dos povos negros em nosso país, e nos nossos continentes, ao lado de uma dúzia de chefes de Estado e de Governo, além de outros representantes, de países da África, América do Sul e Caribe.

O relatório, dentre os documentos recentes, é um dos mais completos e objetivos sobre as condições de vida e emprego dos afrodescendentes na América Latina. Daí a importância de seus dados sobre emprego, renda e demais condições de vida dos negros e negras para a elaboração das políticas públicas e de desenvolvimento.

Há necessidade de mais políticas afirmativas

A importância do evento transcende a esfera pública. Ele é relevante, inclusive, para as empresas privadas, bem como para a sociedade baiana, Estado com maior população negra do país.

O relatório do Fundo das Nações Unidas, o seminário baiano e as comemorações marcadas também por protestos ontem, evidenciam a necessidade de ampliação das medidas de avanço já adotadas entre nós - entre as quais a instituição de políticas afirmativas, como a de cotas para as universidades - contra a discriminação, o preconceito social e as desigualdes entre nossa população branca e negra agravadas pela intolerância social e de classe. 




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