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Nacional
Sábado, 26 de novembro de 2011, 20h28

Aumenta a procura dos argentinos por cursos de português


O Instituto Verde Amarelo é um dos que comprovam esses dados. Nos últimos cinco anos, registrou crescimento de cerca de 40% no número de inscrições, tendo, hoje, aproximadamente 500 alunos. No Centro Universitário de Idiomas (CUI) da Universidade de Buenos Aires (UBA) a procura foi ainda maior. Nos últimos quatro anos, houve um acréscimo superior a 50% nas matrículas e já há no local mais de dois mil estudantes aprendendo o português. De um total de 11 idiomas oferecidos no CUI, este é o segundo com maior quantidade de adeptos. Perde somente para o inglês, que tem aproximadamente 12 mil inscritos.

O coordenador de português do CUI, Carlos Pereira, recentemente realizou uma pesquisa para saber por que os alunos querem aprender o idioma dos brasileiros. Após conferir os resultados, se disse surpreso. O "interesse cultural" apareceu como principal motivo, sendo mencionado por 42% dos alunos matriculados na instituição durante o primeiro quadrimestre deste ano. O tópico "necessidade profissional" foi o segundo mais mencionado, aparecendo em 25% das respostas. Em terceiro lugar apareceu "hobby", com 19% das respostas. No primeiro quadrimestre de 2010, "hobby" tinha aparecido em segundo lugar (24%) e "necessidade profissional", em terceiro (19%).

No CUI, a maioria dos alunos tem entre 20 e 50 anos, faixa etária muito semelhante a dos estudantes do Instituto Verde Amarelo (de 25 a 55). A recepcionista Pilar Guillen, do IVA, observa que, com o estreitamento dos laços entre os dois países, muitas empresas argentinas ampliaram a relação de trabalho com as brasileiras. "Isso faz com que seus empregados sintam necessidade de aprender português", explica. Segundo ela, a quantidade de aulas dadas em empresas aumentou muito, mas não são apenas os profissionais que procuram o curso. "Contamos com aproximadamente 200 alunos em empresas e 300 em cursos oferecidos na sede do instituto. E cada vez há mais jovens que terminam o segundo grau e se interessam pelo idioma, ou mesmo idosos que estudam por prazer".

Além da importância vinculada à economia, Pilar destaca "a admiração que os argentinos têm pelas paisagens e pela cultura brasileira". Na mesma linha, Laura Pagura, que começou um curso de português na metade deste ano, conta que o contato cada vez maior com brasileiros influencia muito. "A possibilidade de se relacionar, se aproximar e saber mais sobre uma cultura que se tornou uma das mais atrativas para nós exige, pelo menos, uma noção mínima do idioma", diz.

Gabriela Rocchi, que já estuda português há bastante tempo, diz que o aprendizado permitiu a ela ter outra perspectiva de vida e de trabalho. "Cada um define os efeitos que vão ter os conhecimentos que adquire; para mim foi e continua sendo mais do que positivo", destaca.

Além das razões já mencionadas, há casos de pessoas que buscam estudar o idioma por turismo, por razões familiares, por motivos acadêmicos, porque pretendem morar no Brasil ou porque tem vínculo afetivo com alguém de nacionalidade brasileira. 




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