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Domingo, 17 de fevereiro de 2019, 17h39

Saiba mais sobre a história do Clube do Choro, um dos grandes patrimônios de Brasília

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Saiba mais sobre a história do Clube do Choro, um dos grandes patrimônios de Brasília

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A chegada do choro em Brasília se confunde com história da criação da capital. O gênero musical era um dos preferidos do presidente Juscelino Kubitschek, que trouxe, na comitiva de construção da cidade, o violonista Dilermando Reis. Esse foi apenas o primeiro passo para que a nova cidade começasse a ser identificada por músicos de todo o Brasil como uma referência no gênero musical.

O choro criou raízes na região central da cidade e o Clube do Choro passou a ser a sua morada. No início, localizado em um vestiário no Centro de Convenções. Depois, em um galpão de madeira improvisado. E, por fim, na sede projetada gratuitamente por Oscar Niemeyer, onde funciona atualmente desde 2012.

O prédio, um espaço com dois mil metros quadrados de área construída, abriga hoje o Espaço Cultural do Choro, incluindo a casa de shows e a Escola de Choro Raphael Rabelo. Para o presidente do Clube, Henrique Lima Santos, o famoso Reco do Bandolim, a realidade ficou maior que o sonho. “Completamos 40 anos em 2017 e o Clube do Choro se orgulha de ser uma instituição referência, que não apenas cria novas plateias para o choro como desenvolve o projeto de música instrumental brasileira mais duradouro e bem-sucedido da história da MPB”, avaliou.

O Clube do Choro já realizou cerca de 4 mil espetáculos musicais, assistidos por uma plateia de 750 mil pessoas. Já a Escola Raphael Rabelo atendeu 1,1 mil alunos em 2018 e possui 46 professores. A instituição ensina a arte do choro para alunos de 8 a 80 anos e é batizada com o nome do violonista e compositor que foi fundamental para sua criação. Raphael Rabello faleceu antes da inauguração da escola.

O amor pela música genuinamente brasileira
O flautista Sérgio Morais é professor na escola há 17 anos. O musicista de formação erudita conta que foi ali que desenvolveu o interesse de tocar um gênero genuinamente brasileiro. “É um lugar que eu tenho muito orgulho, muito prazer em trabalhar porque as pessoas daqui estão realmente interessadas em aprender, em fazer a música brasileira da melhor maneira possível”, descreveu.

Depois que se aposentou, o servidor público Reinaldo Rios viu ali a oportunidade de aproveitar o tempo livre para desenvolver o gosto pela música. “Já fiz aula de violão de sete cordas, flauta e agora estou aprendendo a tocar gaita”, disse. “O choro pra mim é muito importante porque é um gênero inclusivo, ninguém toca sozinho. Então, além de tocar um instrumento, a gente socializa, se envolve com outros músicos e convive”.

O músico João Dias afirma que para ele o choro representa amor. “O Clube do Choro foi a instituição que me acolheu, que me mostrou que a gente pode trabalhar e ser feliz, se divertir, não se estressar e ainda fazer amigos”, falou o violonista e professor do instrumento.

A CAIXA foi um dos apoiadores das atividades do Clube do Choro em 2018. A programação de shows foi retomada nesta semana, com as apresentações do grupo de forró Cangaceiros do Cerrado, na quarta (13), e do Renato Borghetti Quarteto, nesta quinta e sexta-feira (15).

Para o músico que dedicou a vida ao choro, Reco do Bandolim, o Brasil é um país muito rico culturalmente. "Fazemos um projeto aqui com a juventude, com a rede pública de educação e as crianças se encantam com o Pixinguinha. Isso tem a ver com a nossa história", diz. Para ele, todos os países têm o dever de delimitar o seu território. 




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