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Quinta, 03 de maio de 2012, 21h02

UFMT realiza pesquisa sobre ''Tecnologias para o Fim da Vida''


“Tecnologias para o Fim da Vida”, uma expressão nova na área de tecnologia, está sendo pesquisada pelo professor Cristiano Maciel, do Instituto de Computação (IC), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Esse é o tema de seu trabalho intitulado “A influência de crenças e tabus da morte na modelagem do legado digital sob a visão do desenvolvedor de software”, que apresentará na conferência “Interação Homem-Computador 2012 (CHI – Conference on Human-Computer Interaction).
O evento, que será entre os dias 5 e 10 de maio, em Austin, capital do Texas (EUA), foca na centralidade das experiências, nos modelos, teorias e práticas perceptivas das inovações interativas.
Espólio digital
A expressão “Tecnologias para o Fim da Vida” foi criada pelos organizadores do Workshop “Memento Mori”, da Conferência Computer-Human Interaction (CHI 12). O workshop discute morte, luto e espólio no mundo digital.
Hoje existem softwares e empresas da Internet que armazenam senhas repassadas para herdeiros de testamentos digitais e memoriais com dados póstumos. Mas, muitos dados, como fotos e cartas e-mail, que podem ser de extremo interesse para os herdeiros, ficam “aprisionados” nas contas dos usuários que falecem, uma vez que não houve planejamento do destino deste legado digital.
“Essa pesquisa é considerada importante para a sociedade, pois está relacionada com todas as pessoas que utilizam tecnologia, em especial na internet, e acabam por gerar bens digitais. Então, em uma época em que a informação é um bem indiscutível, tratar do planejamento e da preservação do legado digital pós-morte é essencial”, diz o pesquisador.
Em seu trabalho foram analisados tabus e crenças sobre a morte, que poderiam inibir engenheiros de software na modelagem de questões pós-morte. Dessa maneira, o foco da pesquisa desenvolvida na UFMT, no Laboratório de Ambientes Virtuais Interativos (Lavi), é o planejamento prévio dos softwares considerando que o usuário poderia decidir, no ato da criação da conta, o que fazer com as suas informações após a sua morte.
Neste caso, os usuários poderiam expressar seus desejos nas configurações dos aplicativos nas redes sociais como, Facebook, Twitter, MySpace e e-mail.
O próximo passo desta pesquisa é investigar como os jovens da geração Z, os nativos digitais, tratam o tema.
Pesquisas novas
Outros trabalhos nessa área, com o tema “Morte Digital” estão sendo trabalhadas na área de Comunicação, Ciências Sociais e Direito, mas com foco na Computação e Engenharia de Sistemas, não foi encontrada nenhuma pesquisa.
Na UFMT, a pesquisa está sendo feita em uma extensão interdisciplinar, em conjunto com o professor Vinicius Carvalho Pereira, do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), da área de linguagens. De acordo com o professor Cristiano Maciel, futuramente serão buscadas novas parcerias, pois, pela profundidade da pesquisa, é interessante ter a colaboração das áreas de Direito, Letras, Psicologia, Sociologia, História, Antropologia, Arqueologia e Biblioteconomia.
O tema está sendo desenvolvido no Grupo de Pesquisa Lavi, da UFMT, em uma monografia da Especialização em Sistemas Web, além de uma parceria com o IFMT, e tem sido buscada, também, a continuidade da pesquisa em nível de mestrado junto à Universidade Federal Fluminense (UFF). 




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