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Variedades
Quinta, 06 de setembro de 2012, 11h33

Mitos, contos e a arte de contar histórias promovem reflexão no rebuliço das palavras


Um verdadeiro rebuliço aconteceu na noite da última terça-feira (04.09) durante o Encontro Nacional de Contadores de Histórias. Segundo Alicce Oliveira, organizadora do evento, no linguajar cuiabano, rebuliço seria um movimento, uma agitação envolvendo diversas pessoas. Fazendo jus ao nome, Luis Carlos Ribeiro, Darci Secchi, Maria Inez do Espírito Santo, Wanderson Lana e Ivan Belém apresentaram suas obras que também estão a venda durante o evento e suscitaram questionamentos.

Do público vieram então as reflexões: como narrar os mitos e contos, em especial os africanos e os indígenas? Os autores a partir de suas obras e vivências debateram a temática. Em A Mala de fugir, livro que dá nome ao espetáculo apresentado por Luiz Carlos Ribeiro, mais de 12 contos levam ao público um pouco da infância e da experiência de vida do autor, que foi levado para a cena.

Em o Homem de coração azul, Wanderson Lana fala das pessoas diferentes, que gostam de ser diferentes e sofrem as conseqüências por isso. Ivan Belém apresentou o livro A baía de tchá Mariana, que reúne mitos aquáticos do pantanal de Mato Grosso. Belém destaca também em sua fala a militância do movimento negro e dos afros-descendentes contarem suas próprias histórias.

Por fim, Darci Secchi, falou um pouco sobre os Contos para dias de sossego – memórias para a etnologia brasileira (sua obra que traz doze contos). Para contextualizar a obra, Secchi ressaltou a sua ‘vocação’ para tratar de temas polêmicos. “A obra traz temas polêmicos do dia a dia, como por exemplo os contos “o italianinho que melecou a igreja e a sétima invasão”, explica ele. Darci ressaltou ainda o cuidado que tem ao trabalhar com as temáticas indígenas, lembrando que,embora conheça muitos mitos e tenha convivido com os índio de MT, não teria coragem de traduzir um mito indígena.

Maria Inez do Espírito Santo ressaltou a utilização dos Mitos indígenas em seu trabalho como psicanalista e ponderou sobre a atuação do professor utilizando tais histórias em sala de aula. “Com relação aos mitos indígenas, temos uma lei que obriga o ensino da história e cultura indígena nas escolas do país. Mas o educador não deve seguir simplesmente a lei. Tem que ter acima de tudo, prazer em ensinar”, finaliza ela.




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