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Terça, 30 de maio de 2006, 15h08

Ministro calcula prejuízo de R$ 30 bilhões nas últimas safras


As perdas dos produtores rurais brasileiros nas duas últimas safras chegam a R$ 30 bilhões. Os cálculos são do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Segundo ele, o governo vê a crise agrícola com preocupação porque os prejuízos acabam se refletindo em outros setores da economia.

O ministro destacou que, nos últimos doze anos, a agricultura tem sido a grande âncora de combate à inflação no país. Segundo ele, o governo precisa correr atrás de medidas que minimizem o tamanho desse buraco permitindo que os produtores continuem na atividade.

Caso contrário, o horizonte que se enxerga é de uma brutal redução da área plantada com uma interrupção do padrão tecnológico e, portanto, uma redução na produção agrícola, o que dará para a frente, lá para 2008, um repique inflacionário, então essa é a preocupação do governo, afirmou Rodrigues.

O ministro ressaltou que o agronegócio fatura R$ 540 bilhões por ano, o que representa cerca de 27% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Segundo ele, a atividade também é responsável por 37% dos empregos do país e por quase 40% das exportações brasileiras.

Para o Rodrigues, a negociação entre o governo e entidades representativas do setor agropecuário é essencial para a construção de medidas estruturantes que possam tornar os produtores brasileiros cada vez mais competitivos.

É um processo que demanda tempo, paciência de todos nós e, sobretudo, uma grande atenção articulada dos produtores com o governo. Então, a negociação das entidades de classe com o governo é essencial para que a gente construa esse conjunto de medidas estruturantes que estabeleça uma real condição competitiva para o nosso produtor rural para o futuro.

De acordo com o ministro, ao mesmo tempo em que desenvolve ações estruturantes, o governo adota medidas emergenciais, como a prorrogação dos créditos de custeio da safra 2005-2006. O refinanciamento de dívidas rurais faz parte do conjunto de medidas voltadas ao fortalecimento da agropecuária, anunciadas na semana passada.

Com isso, parte do crédito será prorrogada automaticamente pelo prazo de quatro anos, em parcelas anuais - a primeira vence um ano após a data de renegociação. O montante que será prorrogado deve variar de 20% a 80% do total, dependendo da região do país e do produto.

Roberto Rodrigues reiterou que, em relação ao endividamento, dificilmente o governo retornará à mesa de negociações: Foi uma longa negociação dentro do governo, uma longa articulação entre diferentes órgãos de governo, para chegarmos a esse resultado. Então, eu penso que dificilmente haverá uma tomada de negociações quanto ao endividamento, esse assunto está encerrado.


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