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Quarta, 20 de maio de 2009, 09h02

Com licença do Ibama Ferronorte quer chegar em Rondonópolis em 2010


Com discurso emocionado, uma vez que nesta quarta-feira (20.05) completam oito anos da morte do senador Vicente Vuolo - idealizador da Ferrovia Norte Sul (Ferronorte)-, o presidente do Fórum Pró-Ferrovia, vereador Francisco Vuolo, recebeu nesta terça-feira (19.05) do presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias Franco, a Licença Ambiental de Instalação da Ferronorte no trecho entre Alto Araguaia e Mineirinho (município de Rondonópolis). O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, participou da solenidade que aconteceu na Federação das Indústrias e Empresas de Mato Grosso (Fiemt).

“A Ferronorte é uma obra importante que a cada quilômetro avançado dentro do território de Mato Grosso traz economia e estabilização do preço do frete, por exemplo. Há muito tempo que aguardamos essa licença”, comemorou o governador Blairo Maggi ao argumentar que até o início das obras o processo de construção passará por outras fases.

O presidente da Ferronorte junto a América Latina Logística (ALL), Pedro Roberto de Almeida, ressaltou a previsão de ter um canteiro de obras ainda no final de julho e de entregar o trecho até 31 de dezembro deste ano. “Queremos garantir a safra de 2010 com o trem chegando à Rondonópolis”, completou o representante da empresa concessionária da Ferrovia Norte e Sul. Em conversa com o governador Blairo Maggi, o presidente da ALL informou que a operação está bem equalizada e que tudo é feito por etapas.

“Vencida a questão do licenciamento, agora tem o investimento financeiro e depois as obras devem iniciar. Esse tipo de obra não pode ficar no meio, entre Alto Taquari e Mineirinho, caso contrário é um prejuízo muito grande para a companhia”, salientou Blairo Maggi ao destacar as três principais obras, até então, travadas no Estado por questões de licença ambiental (além da ferrovia), BR-158 e a MT-235 que liga Sapezal a Campo Novo do Parecis.

Maggi lembrou ainda, que os licenciamentos envolvem a desburocratização dos projetos. Segundo o presidente do Ibama, “o compromisso do Instituto e do Ministério do Meio Ambiente é fazer tudo com presteza e rapidez, desde que não se perca o rigor, a qualidade e respeito ao meio ambiente.

Roberto Messias explicou ainda a burocratização, frisando que o Governo Federal “é exigente tanto quanto a população que quer esse país, que vai ficar para os nossos filhos, seja pelo menos tão bom quanto toda beleza que ele possui, de megadiversidade, sendo o mais biodiverso do mundo. Mato Grosso é maior que praticamente todos os estados europeus e por isso tem uma tarefa enorme de cuidados fazendo com que montemos o sistema nacional de Meio Ambiente”, disse.

PREÇOS

Na análise do Governo, a ferrovia já vem mudando a economia e estabilizando os preços dos fretes, “é claro que ainda não tivemos uma redução conforme todos gostaríamos que fosse, mas, pelo menos não temos mais os piques de fretes que tínhamos no passado”, salientou Maggi. A ferrovia consegue tirar grandes volumes e estabilizar os preços, porém, o desejo dos mato-grossenses é fazer a redução no preço dos fretes.

Hoje, o frete por hidrovia é mais barato. Aqui com a Ferrnorte não temos conseguido uma redução em relação aos caminhões, mas, temos um preço mais parecido do começo e fim da safra. Antigamente sem ferrovias o período dobrava de 30 a 60 dias, o que não acontece mais, mas, a medida em que a ferrovia vai ganhando capacidade, mais volume e mais velocidade eu creio que ele possa ter uma redução nos preços, finalizou Maggi.

FERROVIA

A Ferrovia Senador Vuolo já tem 500 quilômetros de Mato Grosso do Sul a Mato Grosso. É responsável hoje pelo transporte de quase 50% da produção e 20% do que é exportado pelo Porto de Santos sai pela Ferronorte. As obras estão paralisadas há praticamente dez anos. Em abril do ano passado, o ministro dos Transportes, Alfredo Pereira do Nascimento, e representante da ALL assinaram um Termo Aditivo garantindo que no segundo semestre de 2008 as obras seriam retomadas e o ministro estaria em Cuiabá lançando a ordem de serviço, o que não ocorreu. Participaram do ato também, o presidente da Fiemt Mauro Mendes, secretários de Estado, deputados estaduais e federais e sociedade civil organizada.


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