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Quarta, 20 de maio de 2009, 11h42

Fusão Sadia-Perdigão representa 10º maior grupo de alimentos das Américas


A fusão entre Sadia e Perdigão, que resultou na criação da Brasil Foods (BFR), dá origem a uma “grande multinacional brasileira”, anunciaram terça-feira o presidente da Perdigão, Nildemar Secches, e o presidente do Conselho de Administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan. O acordo foi assinado anteontem à noite e anunciado terça-feira pela manhã ao mercado.

A nova empresa nasce como o 10º maior grupo de alimentos das Américas, segunda maior indústria alimentícia do Brasil (atrás apenas do frigorífico JBS Friboi), maior produtora e exportadora mundial de carnes processadas e terceira maior exportadora brasileira (atrás de Petrobras e da mineradora Vale).

Com cerca de 119 mil funcionários, 42 fábricas e mais de R$ 10 bilhões em exportações por ano (cerca de 42% da produção), a gigante surge com um faturamento anual líquido de R$ 22 bilhões.

– É uma grande multinacional brasileira de alimentos brasileiros processados – definiu Secches em entrevista coletiva para explicar os detalhes do negócio.

Os executivos garantiram que não haverá demissões nas fábricas das companhias.

– A união das empresas certamente ensejará uma expansão e conquista de novos mercados. E para isso tem que aumentar a produção. Então, não há previsão de demissões de chão de fábrica – disse Furlan.

Quando a fusão estiver concluída, a previsão é de que possa gerar economia de até R$ 4 bilhões, o que, segundo seus executivos, vai permitir que a empresa baixe o preço de alguns produtos, ganhando novos mercados no país.

Pelo acordo fechado, 68% do capital da nova empresa ficarão com acionistas da Perdigão e 32% com acionistas da Sadia. No processo de fusão previsto, a Perdigão muda de nome para BRF e a Sadia para HFF, e em seguida ocorre a incorporação das ações da HFF pela BRF.

Os Conselhos de Administração das duas empresas serão formados pelas mesmas pessoas, e o presidente de uma será co-presidente da outra – ou seja, o controle será dividido entre Secches e Furlan.

O acordo foi aprovado pelos conselhos de administração das duas empresas e ainda precisa passar por adesão dos acionistas de ambas.

A concretização da associação também depende da aprovação dos órgãos antitruste de outras jurisdições nas quais essa exigência legal seja necessária.

Oferta de ações

A Brasil Foods informou ainda que realizará oferta pública de ações no valor estimado de R$ 4 bilhões, para captação de recursos. As ações da Brasil Foods continuarão a ser negociadas no Novo Mercado, ambiente da Bovespa que exige maior grau de governança corporativa e em que hoje está listada a Perdigão. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, porém, já disse terça-feira que tem interesse em participar da nova empresa, mas vai esperar o lançamento de ações. A fusão foi concretizada depois de meses de negociações. As discordâncias eram com relação ao valor do banco Concórdia, que pertence à Sadia, que foi feita “para baixo”– o que significou milhões de reais a menos em ações, para os acionistas da Sadia.


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